sábado, 9 de outubro de 2010

PROPOSTA DA FENABAN É INSUFICIENTE, GREVE CONTINUA

A federação dos bancos apresentou neste sábado 9 proposta para a renovação do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) considerada insuficiente pelo Comando Nacional dos Bancários. A negociação foi suspensa e será retomada nesta segunda-feira às 11h.

A forte greve nacional dos trabalhadores de bancos privados e públicos, que completou dez dias na sexta-feira 8, arrancou da federação dos bancos (Fenaban) a retomada das negociações e uma nova proposta.

O reajuste apresentado foi de 6,5% para salários até R$ 4.100 (aumento real de 2,12%). Acima desse valor haveria um reajuste fixo de R$ 266,50. Ou seja, qualquer salário acima de R$ 4.100 teria somente o acréscimo de R$ 266,50. Assim, em faixas salariais acima de R$ 6.212, o reajuste começa a ficar abaixo da inflação. O piso para escriturário passaria de R$ 1.074 a R$ 1.180, representando aumento de 9,82%, valor considerado ainda insuficiente.

A retomada da mesa foi uma conquista muito importante dos bancários, mas a Fenaban tem condição de melhorar essa proposta. Ficou claro na rodada de negociação que os bancários defendem o aumento do percentual de 6,5% e que seja igual para todos, sem teto. Eles disseram que hoje não tinham condição de alterar nada porque precisam consultar as direções dos bancos, por isso a negociação foi suspensa e será retomada na segunda.

Portanto, a greve tem de ser mantida forte como está, até que seja apresentada uma proposta melhor.

Pendência – A Fenaban também não atendeu à reivindicação de PLR maior, já que a proposta corrige pelos 6,5% a regra do ano passado (de 90% do salário mais R$ 1.024 com teto R$ 6.680), inclusive os R$ 2.100 do teto da parcela adicional. Os mesmos 6,5% seriam aplicados nas demais verbas salariais como vales refeição, alimentação, 13ª cesta, e demais auxílios.

Por conta da mudança na lei que rege a educação no país, a Fenaban propôs alterações no auxílio-creche. O valor subiria de R$ 207,95 para R$ 258,90, mas passando de 83 meses para 71 meses.

Segurança e saúde – De acordo com a federação dos bancos, os pontos que avançaram nas questões de segurança serão apresentados na próxima rodada de negociação: obrigatoriedade do registro de boletim de ocorrência, divulgação de estatística semestral do setor e atendimento psicológico no pós-assalto.

Os bancários reiteram a necessidade de fechar um acordo com proposta global que dialogue com o fim do assédio moral nos locais de trabalho.



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Sindicato dos Bancários de Itabuna
Imprensa

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