terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Preço da Separação

Por Regiane Bochichi

"Não fique triste, fique com tudo!" aconselha a socialite americana Ivana Trump nas cenas finais do filme "O Clube das Desquitadas", em cartaz nos cinemas de São Paulo. Na tela, três mulheres cinqüentonas (personagens vividas pelas atrizes Goldie Hawn, Diane Keaton e Bette Midler) tentam se reeguer do divórcio, iniciando este processo com um ataque aos bolsos dos ex-maridos. A comédia agrada principalmente ao público feminino que na vida real já presenciou ou viveu situações similares.

"O dinheiro e os filhos podem se tornar um arma poderossíma nas mãos de quem se sente magoado", analisa a terapeuta de casal Mônica Levi. "Não é raro que o sentimento de vingança aflore em separações mal elaboradas." Autora do livro "Um novo começo: encontrando o amor", Mônica comenta que mais do se vingar, as personagens do filme conseguiram se despir do papel de vítima e assumir a condução de suas próprias vidas. "O dinheiro até pode ajudar, mas não é essencial."

Gisela Salvatore Duarte, de 43 anos, separou-se depois de 16 anos de casamento. O marido estava tendo um caso. Sócia dele em uma empresa de embalagens, Gisela teve que percorrer muitas salas de audiências até chegar a um acordo sobre a partilha de bens. "Sabia que ele iria viver com a outra mulher e não podia aceitar a idéia de outra pessoa usufruir de bens que ajudei a construir ." A empresária acabou abandonando o negócio em troca de três imóveis e uma pensão "razoável" para ela e os dois filhos do casal. "Seria insuportável ter de trabalhar com ele", comenta. "Mas não cedi nem um centavo: o que é meu é meu."

Especializada em direito de família e professora da Faculdade de Direito da USP, a advogada Silmara Juny de Abreu Chinelato e Almeida explica que o tipo de regime de bens que o casal escolheu vai determinar o que cabe a cada um na hora da partilha de bens. "Os pontos que devem ser considerados na separação são: os bens, pensão alimentícia e guarda dos filhos", esclarece. "Todo processo deve ser regido pelo bom senso, inclusive no interesse dos filhos, devendo os cônjuges se lembrarem, de que casamento não é emprego."

3 comentários:

Dani disse...

Bom post
Em se tratando de separação acho que o que mais tem que ser observado são os filhos, que independente do motivo, não deve ser colocado contra qualquer um dos pais, inclusive foi criada uma Lei no país que pune alienação parental.
Belo blog amigo
Abraços

Educação Ativa disse...

É UMA PENA ,QUE NA HORA DA SEPARAÇÃO SÓ SE PENSE NO MATERIAL.
PARECE ATÉ QUE TUDO FOI AO ACASO, O CASAMENTO, OS FILHOS,OS SENTIMENTOS....
TUDO TRANSFORMADO EM CIFRAS!

Sandra F. disse...

O filme deve ser legal.
Eu acho que no divórcio, as perdas emocionais nunca serão amenizadas com o dinheiro. A menos que a pessoa tenha se casado pensando em obter vantagem.
Os sonhos idealizados juntos e nunca realizados, os planos jamais concluídos, nada disso pode ser comprado. Mas, nada como o tempo para confortar os corações. E que bom que a vida apresenta novas perspectivas, porque manter um relacionamento empurrado com a barriga não dá. Amor é tudo!

Gostei do post, abraços!