Os trabalhos de transição entre a gestão atual e o próximo governo devem ser iniciados nesta quarta-feira (3). Durante a manhã desta segunda-feira (1º), a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) reuniu-se com assessores e coordenadores de campanha para discutir a formação da equipe encarregada do processo.
Estiveram presentes os deputados federais José Eduardo Cardozo (SP) e Antonio Palocci (SP), o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, os assessores especiais da Presidência, Marco Aurélio Garcia e Clara Ant, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e a assessora de comunicação, Helena Chagas.
Cardozo disse a jornalistas que teve uma conversa informal e que a passagem foi uma continuação da comemoração de domingo (31). "Dilma vai decidir com tranquilidade a equipe dela", desconversou. Outros visitantes também desconversaram a respeito de participação no futuro governo.
Sobre a equipe de transição, a coordenação das negociações políticas do processo deve ficar com o presidente do PT, José Eduardo Dutra. A parte técnica, em especial a área econômica, deve ficar sob responsabilidade do ex-ministro Antonio Palocci.
Pelo lado do governo, a coordenação deverá ficar a cargo do ministro interino da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima, como prevê um decreto do presidente Lula que determina que o comando da equipe de transição do governo deve ser exercido pelo titular da pasta. A primeira reunião da equipe de transição deve ocorrer nesta sexta-feira (5).
O gabinete de transição será instalado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A previsão é de despesas de R$ 2,8 milhões para custear o trabalho de até 50 funcionários até o dia 31 de dezembro.
O Ministério do Planejamento formatou uma ferramenta que oferece dados completos sobre cada órgão do governo. Definida como uma "radiografia do poder público", o sistema deve mostrar o número de funcionários, orçamento e a distribuição de cada secretaria ou autarquia.
Chefes de estado
Segundo Marco Aurélio Garcia, Dilma retornou telefonemas de chefes de Estado que desejavam dar felicitações à candidata vitoriosa na eleição.
A conversa mais longa foi, segundo Garcia, com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. "Obama quer continuar cooperação com o Brasil em temas importantes, como os energéticos. Ele elogiou muito a conduta do presidente Lula, em especial no Haiti, e que espera ver Dilma nos Estados Unidos tão breve quanto possível", disse o assessor.
Os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, do México, Felipe Calderón, e de Portugal, José Sócrates, também conversaram com Dilma. Aos convites para visitas internacionais ainda antes da posse, a presidente eleita tem agradecido a oferta, mas respondido que o tempo até a posse é curto e não há como assegurar a viagem.
Garantido, por ora, está um período breve de descanso. Dilma viaja nesta terça-feira (2) ao Rio Grande do Sul. Ela retorna a Brasília no fim de semana e depois segue com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma viagem à África.
Dali, segue para Seul, capital da Coreia do Sul, onde ocorre uma reunião do G-20, o grupo das maiores economias, incluindo países emergentes. A avaliação é de que o encontro seria um momento para tomar contato, em um só local, com chefes de Estados de parceiros importantes do país.
Informações: Rede Brasil Atual
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