Artur Gomes de Morais
professor titular do Centro de Educação da UFPE
Durante os anos de FHC e SERRA, as universidades públicas foram sucateadas. Nos últimos anos do período 1994-2002, as reitorias daquelas universidades não tinham dinheiro para pagar contas de água e luz. Quando muitos professores se aposentaram, com medo da mudança de regras da previdência, concursos públicos não eram feitos. Não havia dinheiro para pesquisa e as bolsas de mestrado e doutorado foram congeladas, assim como os baixos salários dos professores. O Provão, originalmente bolado para mostrar que as universidades públicas teriam baixo nível, revelou, ao contrário, que elas eram, geralmente, os melhores centros de ensino e o principal espaço de pesquisa no país. Apesar disto, durante os oito corruptos anos de FHC e de SERRA, os empresários interessados em vender diplomas foram estimulados a abrir faculdades em cada esquina. O irmão do ministro Paulo Renato, de triste memória, era e é um desses mercadores do ensino superior.
Durante os quase oito anos do governo de LULA e DILMA, 14 novas universidades federais foram criadas e, em 45 delas, novos campi foram criados, como é o caso da UFPE e da UFRPE. Muitos concursos vêm sendo realizados e a necessidade de formarmos mestres e doutores para atuarem no ensino superior continua uma bela realidade. Ao lado da expansão das vagas em universidades públicas, o governo também ampliou o número de bolsas para custeio de cursos em faculdades privadas, através do PROUNI. O número de bolsas de mestrado e doutorado vem crescendo anualmente, assim como foi corrigido o valor das bolsas que estavam congeladas entre 1994 e 2002. Desde 2003, a cada ano, agências como o CNPq abrem editais de financiamento à pesquisa, atendendo áreas que, antes, eram praticamente esquecidas, como é o caso da Educação e das Ciências Humanas.
Nos tempos de FHC e SERRA não foi criada nenhuma escola técnica. Os recursos de financiamento da educação só se destinavam ao ensino fundamental (1ª. à 8ª. série) e os alunos da educação infantil, da EJA e do Ensino Médio não tinham direito a livros e outros materiais didáticos financiados pelo governo federal. Aliás, eles só teriam vagas nas escolas públicas se os governos municipais ou estaduais decidissem neles investir.
Nos quase oito anos do governo de LULA e DILMA foram criadas 214 escolas técnicas. O novo financiamento da educação (FUNDEB) passou a incluir a pré-escola, a EJA e o ensino médio. Com a ampliação do ensino fundamental, todas as crianças pobres do Brasil passaram a ter uma vaga garantida, nas escolas públicas, aos 6 anos de idade (e não aos 7, como era antes). Aliás, graças a uma lei aprovada no governo de LULA e DILMA, a partir de 2012, todas as crianças brasileiras terão acesso à pré-escola, nas redes públicas, a partir dos 4 anos. Isto, felizmente, também ajudará a diminuir o fosso entre ricos e pobres.
Ainda temos muito, muitíssimo por avançar. Mas, é claro, não podemos deixar os que privatizam e destroem a escola pública voltar ao poder. Por isso, voto em Dilma, com toda a tranqüilidade e esperança de que continuaremos a lutar, diariamente, para ter educação de qualidade para todos. E conto com você nessa batalha.
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