segunda-feira, 7 de junho de 2010

Festa, política e reivindicações marcam a Parada Gay de SP

Em sua 13ª edição, a Parada Gay de SP deste ano reforçou seu discursso político. Foi a primeira vez em muitos anos que, a produção do clima de festa ficou, então, nas mãos dos carros de militantes que participaram da festa. Eram grupos engajados não apenas em causas especificamente gays, mas em defesa do ambiente, da igualdade social, além da promoção de igrejas e sindicatos.

Para Manoel Zanini, membro da Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (GLBT) em São Paulo, o evento foi maravilhoso, pois levou às ruas não só casais gays e ativistas dos direitos homossexuais, como famílias inteiras. ''Lá de cima (dos trios), eu só vejo gente feliz, alegre, linda'', elogiou Manoel.

Neste ano, o tema da parada foi 'Sem Homofobia, Mais Cidadania Pela Isonomia dos Direitos!'. De acordo com os organizadores, a escolha do tema é uma forma de realizar uma campanha a favor da aprovação do projeto que está em trâmite no Congresso um projeto de lei ( PLC 122 ) que transformaria a homofobia em crime e prevê penas para pessoas com comportamentos ou atitudes homofóbicas.

Pela primeira vez, com forte apoio do movimento sindical, foram escalados, ao todo, 20 trios para a comemoração. Entre eles o da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), do Sintratel (Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing), assim como de outras entidades do movimento sindical.

Os diversos trios que serviram para animar o público trouxeram personalidades e políticos, como a ex-prefeita da cidade Marta Suplicy, que marca presença em todos os anos.

No carro da CTB, Wagner Fajardo, presidente da Federação Nacional dos Metroviários e secretário geral do Sindicato dos Metroviários de SP, explicava a que veio o trio da central, que fazia a sua primeira participação no evento. "Já somos a quarta central sindical do país, atrás de CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores). Viemos mostrar que defendemos os direitos de todos os trabalhadores, gays ou não."

Na avaliação dos dirigentes sindicais presentes a parada foi positiva. "O importante é mostrar aos trabalhadores que eles têm a quem procurar para garantir seus direitos", reforçou Cleonice Cetano, representante da UGT.

Abaixo-assinado

Espinha dorsal do evento, o ativismo gay ficou parado em boa parte do evento. Com o tema "Não Homofobia", um caminhão de som na avenida Paulista convidava o público a participar de um abaixo-assinado que defende projeto de lei federal que torna crime discriminar homossexuais.

"Queremos sair daqui com um milhão de assinaturas", bradava um representante ao microfone. O grupo contava com a célebre lotação do evento, que neste ano voltou a tornar caóticos alguns pontos de passagem, como a esquina do Masp, onde houve um grande empurra-empurra. A Polícia Militar decidiu não divulgar estimativa de multidão. Já a organização do evento afirmou que o numero só será divulgado durante a semana. A estimativa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) era de que cerca de 3 milhões de pessoas deveriam prestigiar o evento.

Do Portal CTB

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