Dilma combaterá o crime organizado com segurança nas fronteiras

Dilma Rousseff dará prioridade à segurança nas fronteiras para combater o crime organizado, a melhoria do sistema penitenciário e a agilidade da Justiça. O combate à criminalidade exige valorização dos policiais que devem ter melhores salários e formação adequada. Um exemplo é o Bolsa Formação que paga R$ 400 por mês para custear estudos do policial. “A gente quer trabalhar com uma polícia do século XXI e não com uma polícia que se baseia pura e simplesmente no policiamento ostensivo.”, afirmou a candidata da coligação “Para o Brasil seguir mudando”, líder nas pesquisas de intenções de voto.

Dilma considera que a Segurança Pública deve estar articulada com mecanismos que garantam uma política penitenciária adequada. Dentro das ações de inteligência, a candidata destaca o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), que permite um patrulhamento eficaz das fronteiras. O Vant voa por quase 23 horas e detecta tudo que esteja acima de 50 centímetros do solo. “Isso permite perceber, em tempo real, transporte de armas, drogas e movimentações suspeitas, o que vai agilizar a ação”, disse, lembrando que pretende adquirir mais 10 Vants.

As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), segundo Dilma, têm sido um dos elementos mais importantes para derrotar o crime no Rio de Janeiro. Ela quer expandir o modelo para todo o país por meio do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), que articula governos e representantes de movimentos sociais em busca de soluções para o problema da violência. “Eu considero que uma grande tarefa no governo, a partir de 2011, e nos outros governos que vierem, será combater e derrotar o crime”, reitera a candidata.

Credibilidade da Polícia Federal
O governo Lula recuperou o prestígio e a credibilidade da Polícia Federal, implantou a Força Nacional de Segurança Pública e criou o Pronasci. A violência deixou de ser encarada apenas como caso de polícia, ganhando um foco mais amplo e social. Um exemplo é o Programa Territórios da Paz implantando em dez regiões metropolitanas do país. Em todas elas, pesquisa da Fundação Getúlio Vargas constatou sensível melhora na segurança em julho do ano passado.
Em uma iniciativa pioneira, Lula criou a Força Nacional de Segurança Pública, inspirada nas forças de paz da ONU. Ela pode mobilizar até sete mil policiais e bombeiros para atuar em qualquer ponto do país, resolvendo situações de emergência ou apoiando a Polícia Federal no combate às drogas. Todos os integrantes da Força Nacional recebem treinamento especial, que inclui desde técnicas de policiamento até o estudo de disciplinas como Direitos Humanos e outras. Esses policiais, quando retornam aos seus estados de origem, atuam como multiplicadores do que aprenderam.