segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dilma: combate ao crack requer carinho e apoio da família no tratamento do usuário

Dilma Rousseff considera que a solução para o combate ao crack depende tanto do papel da Polícia Federal como do apoio das famílias aos usuários dessa droga e aponta três frentes na estratégia para reabilitar jovens com dependência: “Autoridade, carinho e apoio”. Ela acrescenta que as mães e as mulheres têm papel fundamental na recuperação dos usuários.

No governo Lula as ações de combate ao uso de drogas são coordenadas. O Ministério da Educação desenvolve campanhas de conscientização e o da Saúde mantém a estrutura de leitos em hospitais para tratamento. “O crack tem um poder muito grande de dissolver a família e de comprometer a capacidade dos jovens tanto no estudo como no lazer. Por isso, o tratamento tem que ser expandido”, diz a candidata Dilma.

O governo pretende dobrar o número de leitos para tratamento de dependentes químicos nos hospitais gerais do país. Essa é uma das primeiras ações previstas no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack, que terá este ano R$ 410 milhões. Deste valor, R$ 90 milhões já foram usados para ampliar o número de leitos nos hospitais de 2,5 mil para cinco mil.

O Ministério da Saúde pretende promover a transformação de 110 centros especializados em álcool e drogas, em municípios com mais de 250 mil habitantes, para funcionar 24 horas por dia. Haverá treinamento de 100 mil profissionais das áreas de saúde, educação e assistência social para atender os dependentes e a famílias e alertar sobre os riscos de uso da droga.

Combate ao crack

O combate às drogas deve ser intensificado em todo o país, principalmente com relação ao crack. A candidata enumerou três pontos a serem atacados: prevenção, tratamento e policiamento de fronteira. No primeiro, citou exemplos que já deram certo como a elaboração e distribuição nas escolas de cartilha educativa ilustrada pelo cartunista Maurício de Souza, utilizando os personagens da Turma da Mônica, e a campanha “Crack nem Pensar”, do Grupo RBS de Comunicação, no sul do país.

Dilma defendeu a construção de uma rede de atendimento, organizada com enfermarias especializadas nos hospitais gerais, clínicas para usuários e comunidades terapêuticas, credenciadas pelo Ministério da Saúde.

Um dos principais pontos de combate às drogas, segundo ela, é a vigilância das fronteiras. Dilma destacou a informação integrada entre Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas, Polícia Civil e Militar e também as autoridades municipais das regiões fronteiriças.

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