domingo, 8 de abril de 2012

"O Nó" ato humano deliberado, sucesso !

O diretor do Documentário Dilson Araújo
 e este blogueiro (foto: Ari Rodrigues)
Sucesso sem sombra de dúvidas o documentário "O nó" ato humano deliberado dirigido pelo inteligentíssimo Dilson Araújo. Uma produção independente de muita criatividade, e autenticidade, trazendo a tona o terrível crime biológico e ambiental causado pela inserção, criminosa, da vassoura de bruxa na lavoura cacaueira.

O filme, trás depoimentos de especialistas, ex produtores, produtores, e de pessoas que de forma direta ou indireta foram afetados pela catástrofe.

Trás também, o depoimento de Luis Henrique Franco Timóteo, assumindo que realmente o fungo foi introduzido nas lavouras pelo mão do homem, e confessando sua participação no absurdo, contando detalhadamente os caminhos da operação, e qual e era o objetivo.

O documentário, fala também, através de depoimentos sobre os erros inocentes ou não, da CEPLAC, o que tem causado muita polêmica.

Querendo ou não, o filme nos relata em fatos reais, os prejuízos causados pela vassoura, e as consequências deste crime brutal. Milhares de trabalhadores rurais desempregados, suicídios, mortes por depressão, etc.
A pergunta que fica: Onde estão os filhos e netos destes trabalhadores, que se viram obrigados a fugir para a cidade em busca de oportunidade, após perderem seus empregos ? Seria isso, uma das causas do crescimento de favelas, e da criminalidade ?

Ao fim do filme, um interessante debate entre o diretor e a platéia, que aplaude de pé o documentário.

4 comentários:

leitora disse...

os criminosos sabemos quem são, mas a justiça cega, não indicia ninguem

Anônimo disse...

mais cedo ou mais tarde, os culpados vao ser condenados

Anônimo disse...

duvido que sejam condenados, gente poderosa demais...

Joviano Pinheiro de Moura Neto disse...

Após fundamentar-me sobre o assunto repasso a todos vocês o texto da "Águia de Haia" de 1910. Joviano Pinheiro de Moura Neto.

A Couve e o Carvalho

Enquanto Deus nos dê um resto de alento, não há que desesperar da sorte do bem. A injustiça pode irritar-se; porque é precária. A verdade não se impaciente; porque é eterna. Quando praticamos uma ação boa, não sabemos se é para hoje ou para quando. O caso é que seus frutos podem ser tardios, mas são certos. Uns plantam a semente do couve para o prato de amanhã, outros a semente do carvalho para o abrigo ao futuro. Aqueles cavam para si mesmos. Estes lavram para o seu país, para a felicidade dos seus descendentes, para o benefício do gênero humano.

Rui Barbosa