domingo, 30 de maio de 2010

Reforma do Hospital Luiz Viana Filho amplia atendimento à saúde em Ilhéus e região

Com 40 anos de serviços prestados à população do litoral sul, o Hospital Geral Luiz Viana Filho, localizado em Ilhéus, a 465 quilômetros de Salvador, conta a partir deste sábado (29) com novos pronto-socorro e centro de diagnóstico por imagem. A ampliação do hospital, que atende mais de dez municípios baianos, foi inaugurada pelo governador Jaques Wagner

No hospital público, que realiza seis mil atendimentos por mês, foram investidos aproximadamente R$ 728,7 mil na recuperação de cobertura e telhado, instalação de novo Raio X, além de reforma da Emergência e das enfermarias adulto e pediátrica.

Em visita às instalações, Wagner conferiu de perto o mais moderno tomógrafo do interior. O novo aparelho passa a dar diagnóstico do crânio em quatro minutos, que pode ser avaliado por equipes médicas de qualquer parte do mundo, já que os exames serão transmitidos pela internet.

“Nesses 3 anos e 4 meses, estamos fazendo uma revolução na saúde. Entregamos medicamento em casa, reduzimos em 30% a incidência da dengue, o Programa Saúde e Movimento já atendeu 200 mil pessoas, realizamos 50 mil cirurgias de carne do olho e catarata, organizamos mutirões de cirurgia bariátrica, além de recuperar 45 mil quilômetros de estrada. Aqui é só uma parte do que a gente deve à cidade. Estamos tirando do papel as Zonas de Processamento de Exportações (ZPE) e vamos trazer uma indústria têxtil para a região”, declarou Wagner.

Segundo o governador, as ações que o governo estadual têm desenvolvido promovem uma revolução na saúde do estado. "Até o fim do ano serão entregues o Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana; Hospital do Subúrbio, em Salvador; o Hospital de Teixeira de Freitas; e o Hospital Geral de Eunápolis, e mais 73% da população será atendida pelo Samu", completou.

A reforma do hospital, que desde sua inauguração nunca passou por intervenções, abre um novo ciclo de desenvolvimento da saúde na região. Homens e mulheres terão atendimento uniformizado com a implantação das divisões de espaços. A nova estrutura oferece também uma sala de procedimentos cirúrgicos, com metade dos leitos monitorizados, e mais uma nova unidade intermediária para receber os pacientes em estado grave.

Este ano, o governo já implantou o Serviço de Cirurgia Ortopédica e Traumatológica, para cirurgias eletivas nos pacientes que dão entrada pelo pronto-socorro. Com o funcionamento da Rede de Trauma, o hospital passa a ter maior agilidade na resolução dos casos, além de reduzir o tempo de permanência dos pacientes.

O secretário da Saúde, Jorge Solla, lembrou que o Hospital Geral viveu, ao longo desses 40 anos, seus piores momentos e nem mesmo o terreno era legalizado, o que não permitia o recebimento de recursos federais. “Hoje a regularização do terreno, e a implantação do centro de imagem, que é o mais moderno da Bahia, coloca a unidade, que tinha uma péssima fama, numa posição de destaque. Há uma mudança no conceito da unidade, que passa a ser referência em saúde”, afirmou Solla.

Na oportunidade, o governador anunciou melhorias na infraestrutura do município. Com recursos de cerca de R$ 421,5 mil, foram pavimentadas ruas e avenidas de Ilhéus. A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) foi autorizada a firmar convênio com a prefeitura para reforma dos centros de abastecimento do Malhado e Urbis, no valor de R$ 500 mil, autorização para execução de obras de pavimentação asfáltica, no valor de R$ 1 milhão, além de divulgar a reforma do Terminal Pesqueiro do município, com investimento de R$ 10 milhões.

População está satisfeita com os novos investimentos

O comerciante Sérgio Ribeiro montou sua lanchonete no centro de abastecimento da Urbis, e de lá pra cá, sempre lutou por melhorias no local. Ele acabou se tornando uma referência para os colegas na hora de bradar por segurança e pela reforma do telhado e dos banheiros. “Trabalho há 3 anos e tem muita coisa que precisa ser feita aqui. A reforma que a gente tanto espera é o telhado. Estamos na mão da vagabundagem, não temos guarda municipal. Continuamos a trabalhar porque temos sangue no olho. Espero que, dessa vez, com o governador assinando o termo, a reforma seja feita. E com sucesso. Para que a gente possa trabalhar e movimentar o comércio da cidade”.

Aos 73 anos, a bem-humorada Dona Maria Isabel, moradora da rua José Nascimento, no Banco da Vitória, há dois meses atrás, sofreu um acidente quando voltava da casa de seu filho. À época, sua rua não tinha calçamento e muito menos asfalto. Hoje, de sorriso largo com as obras de urbanização que foram feitas, ela narra o ocorrido. “Sem eu ver eu já tava lá dentro do buraco. Mandaram chamar o Samu e tudo. O marido de uma amiga e outras moradoras me ajudaram a me levantar. Até hoje tenho marcas. Hoje, a rua tá asfaltada, taparam o buraco e os meninos podem brincar. Quando bota um som eu posso dançar e pintar o diabo”.

“Quando chovia era muito difícil, acumulava lama, abria buracos e hoje com as obras o carro de lixo já passa por aqui”, relata a moradora do Banco da Vitória há 10 anos, Melaine Costa.

Entidades sociais apoiam o Complexo Intermodal Porto Sul

Em coletiva à imprensa, Wagner recebeu um manifesto, documento assinado por entidades sociais que defendem a implantação do Complexo Intermodal Porto Sul. Além de um porto “off-shore”, o projeto de desenvolvimento inclui a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, um aeroporto internacional, área industrial, novos acessos rodoviários e uma ZPE.

“O Porto Sul não é um porto industrial. É um porto para carga e descarga de minério de ferro e celulose com ZPE recuada, pensando no desenvolvimento da região sem prejuízo ambiental. Esse projeto foi trabalhado ao longo de 1 ano e 2 meses, cotados sete pontos na costa se chegou a um ponto com melhor custo benefício. Melhor posicionado com menor impacto ambiental”, esclareceu Wagner, que, na ocasião, declarou que já houve audiência pública.

Segundo o governador, tanto o porto, quanto o aeroporto, a ferrovia e as ZPE vão se transformar em realidade. “A ordem de serviço da ferrovia já foi assinada. O novo aeroporto só não entrou no PAC-2, pois a Infraero está realizando um estudo dos aeroportos”.

A presidente da União dos Estudantes Secundaristas de Ilhéus, Kaliny Viana, membro do movimento Porto Sul Já, disse acreditar que o benefício maior com a construção do porto é o escoamento não só do minério de ferro, mas de grãos, soja, cacau e trigo. “Nós teremos o olhar do governo para nossa comunidade, que necessita de saneamento básico, escolas, água. Nós apoiamos a construção pelo benefício à comunidade, mas com abertura do desenvolvimento para toda a região sul do estado”.

AGECOM

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