A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, atacou a oposição nesta sexta-feira (16), em Porto Alegre, atribuindo a ela críticas a programas do governo como o Bolsa Família e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo ela, os oposicionistas tentam "mudar o discurso" e, sem citar nomes, voltou a chamá-los de "lobo em pele de cordeiro". A ex-ministra também fez uma referência à frase "o Brasil pode mais”, slogan da pré-campanha tucana. "Nós podemos dizer que fizemos mais, construímos mais e continuaremos fazendo mais, se nos derem oportunidade, é claro", afirmou.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes de Porto Alegre, Dilma criticou uma suposta tentativa de Serra de se aproximar do projeto de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "É muito complicado para a oposição querer se passar por aquilo que não é. Até fiz uma imagem da qual não gostaram, que é o lobo em pele de cordeiro - a pessoa quer se passar por aquilo que não é", disse. "Eu tenho imenso orgulho de ter sido ministra do governo Lula. Se eles não têm orgulho de terem sido ministros de Fernando Henrique Cardoso, devem ter seus motivos", comentou. "Lula rompeu com décadas de estagnação. A cada crise internacional, vivíamos em paralisia", disse.
Dilma citou supostas críticas da oposição ao Bolsa Família, ao Programa de Aceleração de Crescimento e outros projetos do governo Lula. "Fica difícil vir alguém de fora, alguém que até hoje criticou sistematicamente. A oposição fez críticas duríssimas ao Bolsa Família, que até chamou de Bolsa Esmola, fez críticas recentes ao PAC, um programa que eles dizem que não existe e, se existir, dizem que vão acabar." A pré-candidata afirmou ainda que não acredita que o povo brasileiro "dissolva as diferenças" entre os candidatos durante a campanha. "Ninguém tem tão pouca memória. E ninguém acredita em promessas. O que nós apresentamos é o que fizemos", disse.
Dilma reafirmou que o fato de não ter exercido um cargo eletivo não será um problema para a candidatura à presidência. "Gosto muito de fazer o corpo-a-corpo, uma coisa que aprendi com o presidente Lula, nada substitui o olho no olho", disse, depois de enumerar os cargos pelos quais já passou, em secretarias municipais, estaduais e ministérios.
A ex-ministra disse que, apesar da aliança nacional com o PMDB, serão respeitadas o que ela chamou de características regionais - no Rio Grande do Sul, o PT e o PMDB têm pré-candidatos próprios (Tarso Genro e José Fogaça, respectivamente), que serão adversários na disputa pela cadeira de governador do Estado. "Qualquer aliança você não impõe, você constrói. Temos de tratar com muito cuidado as realidades estaduais. Aqui também buscaremos uma aliança com o PMDB, mas com muita cautela", afirmou.
A ex-ministra cumpriu agenda hoje em Caxias do Sul, na Serra. Lá, palestrou para empresários locais, visitou uma montadora de ônibus da região e uma organização não-governamental (ONG) de atenção a crianças e adolescentes. Amanhã, Dilma participa de uma reunião com sindicatos e lideranças sociais de uma plenária sobre crescimento econômico e geração de empregos.
do Uol Noticias
Nenhum comentário:
Postar um comentário