O crack surgiu nos Estados Unidos na década de 1980. O primeiro relato de uso no Brasil data de 1989. Desde então, o consumo da substância vem crescendo, principalmente nos últimos cinco anos. A situação de vulnerabilidade social de muitos jovens e pessoas em situação de rua, entre outras situações, também contribui para a disseminação da droga. Entretanto, hoje em dia, a droga afeta as mais variadas classes sociais, desde as mais abastadas até o limite da pobreza.
Os dados mais recentes sobre o consumo do crack no país estão disponíveis por meio do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID). Segundo uma pesquisa do orgão, 0,1% da população brasileira consome a droga. Grande parte dos usuários de crack relata início do uso da substância entre 13 e 26 anos.
O crack atinge os centros neurológicos de prazer de uma forma mais rápida do que por meio de outras drogas, porém seus efeitos são de pouca duração, o que leva o usuário a fumar imediatamente outra pedra. Esse ciclo ininterrupto de uso potencializa os prejuízos à saúde física, as possibilidades de dependência e os danos sociais.
Portanto quem fuma crack, em geral, deseja prazer imediato, suprimir ou evitar um sofrimento.
O consumo traz distúrbios e mudanças de comportamento importantes que afetam a família e todos que estão a sua volta. Em razão de diferentes contextos de vulnerabilidade, onde o consumo da droga é apenas mais um, os dependentes têm seus laços sociais fragilizados e terminam por ser alvo de um forte processo de exclusão social.
Como todo uso de drogas está associado a fatores biopsicossociais, o consumo de crack não é diferente. Além dos problemas físicos, há os de ordem psicológica, social e legal. Ocorrem graves perdas nos vínculos familiares, nos espaços relacionais, nos estudos e no trabalho, bem como a troca de sexo por drogas e, ainda, podendo chegar à realização de pequenos delitos para a aquisição da droga. Há controvérsia se tais condutas socialmente desaprovadas têm relação com o estado de "fissura" para usar ou se resulta da própria intoxicação. A unanimidade é que o usuário desemboca numa grave e complexa exclusão social.
Em geral, não existem usuários exclusivos do crack, quem consome a droga também consome outras substâncias ilícitas ou lícitas.
O crack é uma droga com potencial de produzir sérios prejuízos, os usuários ficam expostos a situações relacionadas com o tráfico, criminalidade, a doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV/Hepatite B e C, por conta de comportamento sexual desprotegido e outras situações de extrema vulnerabilidade.
Fonte: Nunca Experimente o Crack
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