O presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, considerou nesta quinta-feira que seria "moralmente injustificado" e "politicamente irracional" se interesses "corporativos" de blocos regionais se sobrepusessem ao bem comum na luta contra as mudanças climáticas.
Lula falava em plenário na Cúpula de Copenhague sobre o clima, logo após o discurso do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, que foi extremamente crítico em relação aos países ocidentais.
O líder brasileiro frisou que o seu país chegou a Copenhague "determinado em obter resultados ambiciosos" de curto, médio e longo prazo na luta contra o fenômeno, mas deixou algumas advertências aos países desenvolvidos.
"A ambição tem de ser partilhada. Não seria politicamente racional, nem moralmente jusitificado colocar interesses corporativos acima do bem comum da humanidade", sustentou Lula.
A seguir, o primeiro-ministro espanhol, José Luís Zapatero, dirigiu as suas advertências para os Estados Unidos e China.
Além disso, Zapatero destacou que a União Europeia está disponível para reduzir suas emissões em 30% até 2020 e que se dispõe a ajudar os países em desenvolvimento com 4,4 bilhões de euros.
"Esta cúpula não pode ser um debate entre capitalismo de Estado e capitalismo privado, entre quem tem petróleo e quem não produz petróleo", disse, apelando em particular "aos Estados Unidos e à China para que não falhem neste desafio histórico".
"Estados Unidos e China não podem iludir as suas responsabilidades. Esta deve ser uma cúpula para se lutar por uma visão de longo prazo", declarou o primeiro-ministro espanhol, cujo país assume a presidência da União Europeia a partir de janeiro de 2010.
JM
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