segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O e-lixo na mira do Brasil


Aumenta a preocupação no país sobre a destinação do lixo tecnológico que alcança volumes maiores com o fácil acesso à tecnologia dos novos produtos eletrônicos. O Estado de São Paulo já tem lei para fabricantes e o consumidor recebe orientação para o descarte consciente.

Dados apontam que foram comercializados no Brasil cerca de 12 milhões de computadores somente em 2008, contra 10 milhões no ano anterior. Neste mesmo ano, a indústria de celulares vendeu mais de 1,22 bilhão de unidades, 15% a mais do que em 2007. São números que impressionam o mercado, ainda mais se levarmos em conta que entre os eletrônicos mais vendidos no país despontam as câmeras digitais e os notebooks. A tecnologia mutante dos aparelhos eletrônicos, que se mostra cada dia mais avançada, é a maior culpada por esta corrida ao consumo. A facilidade de compra é outro componente que atrai o consumidor, sendo possível dividir o valor do produto em até 10x sem juros e contar com a praticidade da venda pela internet. Mas estas variáveis apontam para um cenário bastante preocupante.

O consumidor está cada vez mais sedento por novidades eletrônicas, alterações de modelos, novas funcionalidades, o que ocasiona à frequente "troca" por amostras inéditas. E os aparelhos fora de uso são deixados de lado, formando o crescente lixo eletrônico. "É a consequência da popularização da tecnologia, que não pode ser evitada, mas que precisa ser orientada para o descarte consciente" analisa a diretora da Inteligência Ambiental, portal na internet que oferece o acesso livre a informações e soluções sustentáveis, Patrícia do Val.

Neste ano, o Estado de São Paulo avançou na política ambiental com a aprovação do Projeto de Lei 33/2008, que institui normas e procedimentos para a reciclagem, gerenciamento e destinação final do lixo tecnológico. Com essa aprovação, quem fabrica, importa ou comercializa produtos eletroeletrônicos será obrigado a adotar práticas que assegurem a reciclagem e reutilização total ou parcial do material descartado. A lei busca evitar o rejeite inadequado do e-lixo e envolver os fabricantes na prática do estímulo à reciclagem. Hoje empresas como HP, Dell e IBM já possuem programas de recolhimento de equipamentos. "Todos devem ter sua parcela de comprometimento, seja o consumidor com o uso racional, seja a empresa com a orientação sobre o destino final. E o governo já deu seu passo para regulamentar o processo de descarte" avalia a diretora da Inteligência Ambiental.

No portal www.inteligenciaambiental.com.br é possível encontrar notícias publicadas sobre ações de incentivo à coleta e reciclagem, apoio ao programa do Estado, além da íntegra da lei sobre destinação do lixo tecnológico. "Sabemos do papel estratégico do Brasil como um dos quatro principais países emergentes do mundo, com grande potencial de desenvolvimento econômico nas próximas décadas, ao lado de China, Rússia e Índia. E é claro que esse desenvolvimento inclui a questão da ampliação do acesso à tecnologia. Por este motivo, é importante que todos sejam abastecidos de informações e saibam como fazer sua parte", comenta Patrícia.

A lei no. 13.576, promulgada em 06 de julho deste ano pelo governador José Serra, prevê que os estabelecimentos comerciais também possuam pontos de coleta de equipamentos, o que estimula que o consumidor entregue o equipamento usado na loja em que foi adquirido, por exemplo, e o comerciante encaminhe para o fabricante. São Paulo, como o maior polo consumidor desses equipamentos no país, deverá ser a região mais afetada nos próximos anos pela questão, portanto é importante que a atitude seja praticada e cobrada neste momento.

Sobre a INTELIGÊNCIA AMBIENTAL

A INTELIGÊNCIA AMBIENTAL, portal de informações direcionadas e especializadas em soluções sustentáveis, destaca-se por ser a única empresa do segmento no país com gestão integrada e a obter os certificados ISO 9001:2008 -14001:2004 e OHSAS 18001:2007. Sua equipe é formada por profissionais altamente qualificados e com vasta bagagem profissional em seu mercado de atuação. Conheça mais no site: www.inteligenciaambiental.com.br


Fonte: Milena de Simone




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