Com a dupla vitória desta segunda-feira (02), de José Sarney (AP) no Senado e Michel Temer (SP)(foto) na Câmara, o PMDB volta a ocupar a Presidência das duas casas. Temer obteve 304 votos, contra 129 de Ciro Nogueira (PP-PI) e 76 de Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Assim, o partido, além de controlar a pauta das votações no Parlamento, também fica com o segundo e o terceiro postos na linha de sucessão do presidente da República, depois do vice-presidente José Alencar.
É a primeira vez que, na eleição para a presidência das Casas, um mesmo partido ocupa os dois postos desde que Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) conquistou a Presidência da Câmara dos Deputados e Mauro Benevides (PMDB-CE) a do Senado, em 1991, para o biênio encerrado em 1993.
O partido, que tem as maiores bancadas nas duas Casas (20 dos 81 senadores e 96 dos 513 deputados), contudo, permanece o que sempre foi, desde o fim do regime militar: mais uma federação de interesses do que um partido político nacional. Interesses regionais fazem com que o partido seja, em alguns Estados, aliado do governo e, em outros, representante da oposição.
Apesar de congregar interesses regionais diversos, o PMDB tem feito valer, no Congresso, as maiorias de que dispõe. Frequentemente capaz de pôr parte de sua bancada na base de sustentação dos diferentes governos que assumiram o Executivo, desde 1985, o partido tem feito pelo menos uma das presidências da Casa.
Temer vence sua terceira disputa pela presidência
Temer, 68, foi eleito pela terceira vez presidente da Câmara dos Deputados. Ele já presidiu a Casa duas vezes (1997-1998 e 1999-2000). Para se eleger novamente, Temer contou com o apoio de um bloco de 15 partidos (PMDB, PSDB, PT, DEM, PR, PDT, PTB, PV, PPS, PSC, PHS, PT do B, PTC, PRB e PRTB).
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