O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) é o novo presidente do Senado Federal, eleito nesta segunda-feira (2) com 49 votos, para o biênio 2009-2010. Seu único adversário, Tião Viana (PT-AC), conseguiu 32 votos. A vitória do senador peemedebista no Senado pode influenciar a votação na Câmara, que tem em Michel Temer, presidente do partido, o grande favorito.
O resultado confirma o favoritismo da campanha tardia de Sarney, oficializada pelo partido há menos de uma semana da votação. Com o apoio de última hora do PSDB a Viana, chegou-se a apostar em uma disputa equilibrada, o que não ocorreu. Sarney venceu com folga.
Apesar dos apoios oficiais, os dois lados da disputa já contavam com eventuais "traições" de senadores na hora do voto, que foi secreto. O PSDB chegou a ameaçar com punição os que não votassem em Tião Viana. Antes do início da votação, os líderes puderam discursar e anunciar o posicionamento de seus partidos ou bancadas. A maior parte dos que se manifestaram fazia parte do grupo favorável a Viana e destacavam que o candidato traria "mudança" ao Senado.
José Agripino (RN), líder do DEM, fez uma defesa sucinta da candidatura de José Sarney, dizendo que ele representaria "equilíbrio" para o país. Destacou ainda a experiência e a influência do ex-presidente da República.
Coube, assim, ao próprio candidato defender sua posição. "Não me chamem de velho que não tem gosto pela inovação", destacou. Ele rebateu um trecho do discurso do seu oponente, no qual Viana, citando o escritor Pedro Nava, dizia que "experiência sem compromisso é como um carro guiado a noite com os faróis para trás". "Nunca andei com os faróis para trás", afirmou o ex-presidente da República. "O espírito público não envelhece. Eu me sinto como um jovem se sente ao assumir responsabilidades", acrescentou.
Sarney ressaltou seu compromisso com a aprovação das reformas política e tributária e defendeu o fim do grande volume de medidas provisórias "que achincalha o parlamento". Disse ainda que "nunca foi capacho do governo", ao contrário, sempre foi "protetor e zeloso da minoria". Esta é a terceira vez que Sarney ocupa a Presidência do Senado. Ele também cumpriu os mandatos de 95 a 97 e de 2003 a 2005.
Após agradecer a eleição, Sarney suspendeu a sessão, que deve ser retomada às 16h, para a eleição de outros cargos da Mesa Diretora do Senado.
"Eu não queria"
Na abertura e no encerramento de seu discurso pré-votação, José Sarney destacou que não "desejava" ser candidato à Presidência do Senado, mas que atendeu a uma "convocação" dos colegas. Ao entrar na disputa, ele deixou de fora o atual presidente, Garibaldi Alves (PMDB-RN), que havia declarado sua vontade de se reconduzir ao cargo. Garibaldi não chegou a cumprir um mandato completo, tendo assumido a presidência da Casa no fim de 2007, depois da renúncia de Renan Calheiros (PMDB-AL).
O novo presidente do Congresso participará ainda nesta segunda-feira de cerimônia com o novo presidente da Câmara dos Deputados e com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. Também conduzirá o processo de escolha dos integrantes da Mesa Diretora do Senado, que têm entre suas atribuições convocar sessões extraordinárias e ditar a pauta do Plenário. Em tese, a distribuição dos cargos entre os partidos deve seguir o critério da proporcionalidade. Na prática, contudo, o que impera são os acordos políticos.
Sarney assume a presidência em um momento delicado da vida política da sua família. Sua família sofreu revezes eleitorais na última eleição municipal nos dois Estados em que sua família atua, o Maranhão e o Amapá.
Atualmente, seus dois filhos passam por situações delicadas. Sua filha Roseana Sarney (PMDB-MA), com problemas de saúde, possui um aneurisma cerebral e, por causa dele, deve fazer uma cirurgia delicada nas próximas semanas.
O resultado confirma o favoritismo da campanha tardia de Sarney, oficializada pelo partido há menos de uma semana da votação. Com o apoio de última hora do PSDB a Viana, chegou-se a apostar em uma disputa equilibrada, o que não ocorreu. Sarney venceu com folga.
Apesar dos apoios oficiais, os dois lados da disputa já contavam com eventuais "traições" de senadores na hora do voto, que foi secreto. O PSDB chegou a ameaçar com punição os que não votassem em Tião Viana. Antes do início da votação, os líderes puderam discursar e anunciar o posicionamento de seus partidos ou bancadas. A maior parte dos que se manifestaram fazia parte do grupo favorável a Viana e destacavam que o candidato traria "mudança" ao Senado.
José Agripino (RN), líder do DEM, fez uma defesa sucinta da candidatura de José Sarney, dizendo que ele representaria "equilíbrio" para o país. Destacou ainda a experiência e a influência do ex-presidente da República.
Coube, assim, ao próprio candidato defender sua posição. "Não me chamem de velho que não tem gosto pela inovação", destacou. Ele rebateu um trecho do discurso do seu oponente, no qual Viana, citando o escritor Pedro Nava, dizia que "experiência sem compromisso é como um carro guiado a noite com os faróis para trás". "Nunca andei com os faróis para trás", afirmou o ex-presidente da República. "O espírito público não envelhece. Eu me sinto como um jovem se sente ao assumir responsabilidades", acrescentou.
Sarney ressaltou seu compromisso com a aprovação das reformas política e tributária e defendeu o fim do grande volume de medidas provisórias "que achincalha o parlamento". Disse ainda que "nunca foi capacho do governo", ao contrário, sempre foi "protetor e zeloso da minoria". Esta é a terceira vez que Sarney ocupa a Presidência do Senado. Ele também cumpriu os mandatos de 95 a 97 e de 2003 a 2005.
Após agradecer a eleição, Sarney suspendeu a sessão, que deve ser retomada às 16h, para a eleição de outros cargos da Mesa Diretora do Senado.
"Eu não queria"
Na abertura e no encerramento de seu discurso pré-votação, José Sarney destacou que não "desejava" ser candidato à Presidência do Senado, mas que atendeu a uma "convocação" dos colegas. Ao entrar na disputa, ele deixou de fora o atual presidente, Garibaldi Alves (PMDB-RN), que havia declarado sua vontade de se reconduzir ao cargo. Garibaldi não chegou a cumprir um mandato completo, tendo assumido a presidência da Casa no fim de 2007, depois da renúncia de Renan Calheiros (PMDB-AL).
O novo presidente do Congresso participará ainda nesta segunda-feira de cerimônia com o novo presidente da Câmara dos Deputados e com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. Também conduzirá o processo de escolha dos integrantes da Mesa Diretora do Senado, que têm entre suas atribuições convocar sessões extraordinárias e ditar a pauta do Plenário. Em tese, a distribuição dos cargos entre os partidos deve seguir o critério da proporcionalidade. Na prática, contudo, o que impera são os acordos políticos.
Sarney assume a presidência em um momento delicado da vida política da sua família. Sua família sofreu revezes eleitorais na última eleição municipal nos dois Estados em que sua família atua, o Maranhão e o Amapá.
Atualmente, seus dois filhos passam por situações delicadas. Sua filha Roseana Sarney (PMDB-MA), com problemas de saúde, possui um aneurisma cerebral e, por causa dele, deve fazer uma cirurgia delicada nas próximas semanas.
Enquanto isso, irá a julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o mandato do governador maranhense Jackson Lago (PDT), acusado de uso da máquina do Estado em seu favor. Caso Lago seja cassado, Roseana deve assumir como a nova governadora do Estado. Ela foi a segunda colocada no pleito estadual de 2006.
Já o seu filho, o empresário Fernando Sarney, é alvo de investigações da Policia Federal na Operação Boi Barrica. Sua empresa é suspeita de formar caixa dois utilizados nas eleições de 2006.
O mandato de Sarney no Senado acaba em 2010 quando, se quiser continuar no cargo, terá de se submeter a uma nova eleição
Uol Noticias
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