O aumento de R$ 50 para o salário mínimo terá um impacto de R$ 8,5 bilhões nas contas do governo federal somente neste ano, segundo dados do Ministério do Planejamento. A informação é do repórter Pedro Soares, em matéria publicada na Folha.
O mínimo de R$ 465 beneficiará 13,9 milhões de aposentados e pensionistas, entre outros atendidos pela Previdência --auxílio-doença, auxílio-reclusão, salário-maternidade. Para 8,2 milhões de pessoas cujo valor do benefício é superior a um salário mínimo, também haverá correção a partir deste domingo (1º), mas o índice será menor, pois seguirá apenas a variação da inflação.
O aumento do mínimo também implica reajuste das contribuições previdenciárias recolhidas dos trabalhadores. A previsão é que a arrecadação da Previdência aumente R$ 856 milhões neste ano. O crescimento das despesas será de R$ 8,7 bilhões, gerando valor líquido de R$ 7,8 bilhões.
Economia turbinada
Em entrevista nesta sexta-feira, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que, com o aumento do mínimo, cerca de R$ 21 bilhões a mais passam a circular por mês na economia. "Esse aumento representa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas", afirmou o ministro durante o anúncio feito no Rio.
O abono-salarial, no mesmo valor do salário mínimo, também sobe a partir de domingo, assim como o seguro-desemprego --o valor médio pago passa de R$ 564,40 para R$ 632,40. Somados, os aumentos irão injetar R$ 24,349 bilhões na economia a partir de março.
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