domingo, 28 de dezembro de 2008

Musicoterapia - Psico Fisiologia e A Viagem do som através do ouvido


Por Noemi Sulamita

Por que será que a música está presente em todos os momentos da vida das pessoas?

Por que existem músicas que marcam para sempre momentos alegres, tristes, melancólicos, românticos, etc, Momentos que tornam-se eternos e relembrados quando escutamos a música que os marcou?

O Compositor Richard Wagner explicou que a mitologia, o folclore e a música, em especial esta última, constituem o inconsciente do narrador, do compositor, ou do músico que fala ao inconsciente do público, da sociedade ou da cultura.

Desde épocas muito antigas, a música é utilizada para ao tratamento de muitas enfermidades. A Moderna Musicoterapia não é, pois, tão moderna como se crê. Nas antigas culturas se observavam conexões entre a música, canção e cura. Egípcios, Gregos e Persas, mencionam em suas lendas, as curas que hoje poderiam classificar-se de milagrosas, efetuadas por meio da música. Como exemplo, dizem que Herófilo, médico do famoso “Alexandre, o Magno”, regulava a tensão arterial de acordo a uma escala musical correspondente à idade do paciente; e que Demócrito afirma que as mordidas de serpentes podiam ser curadas com música de flauta tocada em forma hábil e melodiosa. Platão afirma que a Música é o remédio da alma, que ao corpo, se chega através da alma, que o governa; e se o corpo se treina por meio da ginástica, a alma deve ser treinada por meio da música.

Atualmente, se emprega a Música no tratamento de Afasia (perda total ou parcial da fala), da esquizofrenia e outros transtornos mentais, e é recomendada aos que sofrem de asma e das vias respiratórias. A terapia Musical tem também seus êxitos com crianças que sofrem de Autismo (tendência a ausentar-se do mundo exterior e concentrar-se em seu próprio interior). Os psicólogos empregam a Música para despertar a atenção e estimular a confiança do indivíduo em si mesmo; assim como para aliviar tensões nervosas e depressões psíquicas. Depois das duas guerras mundiais, se empregou a Musicoterapia para tratamento de neurose nos soldados.

Em muitos hospitais, toca-se certa classe de música que atua como um calmante e também que facilita a digestão. Nas clínicas modernas, usa-se música especialmente selecionada para dissimular o nervosismo e o zumbido de alguns aparelhos.

Em termos gerais, a medicina contemporânea e a musica tem 3 aplicações principais.

Como meio de aproximação e sociabilidade entre pacientes
Melhorar o funcionamento do corpo
Acalmar temores e confusão
Em seguida daremos um quadro resumido, toda a ação que exerce a música no que respeita ao campo da psicofisiologia, quer dizer, sobre a psiquís e o organismo humano, conforme pesquisa do Dr. Andrzes Janicki – Médico Polonês

Ação que exerce a música no indivíduo:

Ritmo cardíaco, tensão arterial, secreção dos sucos gástricos, tonicidade muscular, funcionamento das glândulas sudoríparas, equilíbrio térmico da pele, aumenta o metabolismo, acelera a respiração, ou diminui a sua freqüência.
Influi no volume relativo ao sangue, modifica as características no pulso, modifica a pressão arterial, diminui o impacto dos estímulos sensoriais, reduz a sugestibilidade normal

Padrões de influência da música sobre as pessoas

Estrutura e função: do sistema nervoso central, do sistema vegetativo, do sistema de secreção interna e dos órgãos internos
Construção da obra musical: melodia, harmonia e ritmo
No indivíduo: Disposição psíquica particular, sensibilidade emocional, capacidade de memória, capacidade imaginativa, gostos musicais, costumes auditivos, cultura musical e sensibilidade estética.

As vibrações são transmitidas pelo sistema de amplificação do ouvido médio, que tem 3principais componentes; Membrana timpânica, janela oval e 3 ossos pequenos ou ossículos. Estes se denominam de acordo com as suas formas respectivas: martelo, bigorna e estribo. As vibrações desde o tímpano são transmitidas ao martelo, que está conectado à bigorna e esta por sua vez ao estribo. Estes ossículos têm um tipo de ação com a qual se intensificam as forças das vibrações, de tal forma que o estribo vibra à mesma velocidade que o tímpano, porém com uma força que é 20 vezes maior. Este movimento vibratório faz com que o líquido do interior do ouvido interno vibre também, produzindo mudanças na pressão que são detectadas pelo órgão de Corti. Este é o órgão real de audição e está no interior da cóclea, que é uma espécie de caracol cheio de líquido (os sons atravessam mais rapidamente os sólidos e os líquidos que o ar).

As vibrações são convertidas ali em impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro, onde são interpretados como sons. Este receptor se parece ao teclado de um órgão e está constituído por células que têm cílios ordenados sobre uma capa de fibras, a membrana basilar que o divide em dois compartimentos em forma de espiral.

As notas diferentes recorrem diversas distâncias ao longo da espiral ou teclado. Uma nota de uma agudeza ou tom determinado sempre estimula o mesmo ponto da espiral. Parece que para interpretar um som determinado, o cérebro identifica a distancia que a vibração percorre na espiral. Na parte mais interna da espiral existem células capazes de registrar as notas baixas mais profundas. O mecanismo complexo e delicado do ouvido analisa os sons pela freqüência de seus componentes e passa estes dados codificados ao cérebro. O ouvido também é um sistema de retroalimentação que nos permite modular nossa voz e serve para determinar direções e distância dos sons.


O cientista Helmhotz, demonstrou através de experiências com ressonadores que as vogais têm um número redondo de vibrações.

As vocalizes, exercícios da técnica musical para cantores e oradores, são apresentadas em sua maioria com vogais, principalmente por estes motivos, bem como, em nossa língua portuguesa, elas têm um grande valor nas palavras.

Fale estas vogais ou cante-as em qualquer tom e observe as suas vibrações:

U = 450 O = 900 A = 1800 E = 3600 I = 7200

Qual a relação entre os sons e os perfumes? Para cada nota musical há um aroma especial e que se relaciona com o ser humano e suas emoções, bem como a contaminação sonora. Não percam o próximo artigo. Vale a pena acompanhar e guardar as informações que seguem nas próximas edições. Estarei ás ordens para qualquer explicação e orientação.

Nota: Estudo feito baseado no livro do Manual do Musicoterapeuta, da UFMG.

Um comentário:

Bel disse...

Eita, os contatos já geraram texto no blog? Muito bem, sucesso aos dois nos empreendimentos!!!