sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Tráfico de Órgãos: Documentário de Paulo Pavesi

Por Paulo Pavesi*

Há muitos anos venho armazenando informações sobre tráfico de órgãos. Estas informações estão espalhadas em reportagens, vídeos, imagens, áudios e depoimentos. Agora, resolvi juntá-las e editá-las e mostrar a todos a realidade sobre os transplantes de órgãos.
Hoje ser doador é politicamente correto. Muitos falam que são doadores sem ter noção do que isso significa. Ser doador é pop!
Todos falam que querem salvar pessoas que precisam, e esquecem que, com isso, colocam a própria vida em risco.
Ninguém faz idéia de que milhares de pessoas estão sendo empurradas para a fila de transplantes, quando muitas vezes um tratamento simples impediria esta situação: medicina preventiva.

Médicos e governo não querem resolver um problema que gera um lucro de milhões de reais todos os anos, sem contar o lucro do mercado paralelo que não é pequeno.
Um médico que salva um paciente da fila de transplantes pode levar até 150 mil reais com uma só cirurgia. Um médico que salva um paciente com câncer não recebe 10% deste valor. O paciente na fila de transplantes é um cheque em branco e não é preciso dar garantia de que a cirurgia será um sucesso. Se não der certo, é só enterrar pois o valor é pago da mesma forma.
Se um médico implantar um órgão impróprio em um paciente, ninguém ficará sabendo e ele recebe da mesma forma.

Todos os anos são realizados milhares de transplantes, mas as filas não param de crescer, e nem podem parar. Quanto maior a fila, maior é a capacidade de conseguirem doadores. Maior é a capacidade de impressionar a opinião pública, de que doar é necessário. Mas ninguém se pergunta: Por que a fila não para de crescer? Não há uma forma de se evitar isso?

Claro que existem formas de evitar a fila, mas quem está interessado? O négocio financeiro que envolve os transplantes está em crescimento. Não é permitido questionar!
Por isso ouvimos muito falar no sucesso que é salvar vidas com transplantes. Uma maravilha.
Mostra-se uma pessoa a beira da morte que recebe um órgão e fica feliz da vida. Uma história de sucesso!!! Mas nunca mostram quantas histórias deram errado, pois isso prejudica a doação de órgãos e atrapalha um sistema "vencedor". Hoje, de todos os órgãos doados somente 20% são aproveitados.

Qualquer sistema que proíbe a divulgação da realidade, não é um sistema vencedor e sim um sistema fraudador.
Enquanto algumas pessoas esperam 3 anos por um transplantes, outros, num período bem menor, já fizeram 3 implantes.

Na verdade dos 100% doados, muitos vão para a fila paralela de um consultório particular, e serão vendidos por um preço considerável. E o interessante é que o SUS paga a retirada deste órgão.

Se você fosse administrador de uma empresa, não gostaria de saber porque 80% da sua produção, que você paga, simplesmente some? Sim! Mas o SUS não se importa e a cada ano aumenta os valores que são pagos para alimentar este sistema.

Fazer transplantes é o negócio do momento: O médico ganha muito dinheiro, fica com a fama de salvador de vidas e os limites éticos são suspensos, pois este pode tudo em nome de salvar uma vida. Até mesmo matar um doador. Os fins justificam os meios.

*Paulo Pavesi, hoje encontra-se na Itália, sob proteção Internacional do Governo Italiano através de asilo humanitário concedido em 17 de Setembro de 2008. Pra quem não o conhece, ele é o pai de Paulinho, menino de 10 anos que foi "assassinado" por quem quem deveria salvá-lo.

Leia a História de Paulinho que foi publicada aqui no Blog: História de Paulinho

Veja a versão em vídeo no Blog de Ana Maria Bruni: História de Paulinho em Vídeo

Asilo Humanitário Concedido: http://ppavesi.blogspot.com/2008/09/asilo-humanitrio-concedido.html

Saiba tudo em: http://ppavesi.blogspot.com/

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