Por Elias Reis
...ASSIM, FORTALECEMOS NOSSA CONSCIÊNCIA DE CIDADÃOS E MELHORAMOS NOSSO ESTADO, CONFIANDO-O A PESSOAS QUE USEM O PODER A SERVIÇO DO BEM COMUM”. (Joabs Ribeiro, político e advogado).
No próximo mês de outubro, somos de novo convocados a votar. Dessa vez, para presidente e vice-presidente, para governadores dos estados, para deputados federais e estaduais, e parte do Senado Federal. As eleições deste ano acontecem em meio a um clima de generalizada decepção, diante de numerosas acusações de corrupção que atingiram muitas pessoas ligadas ao poder político do Brasil, seja na esfera do Executivo, seja no Legislativo, tanto no Senado como nas Assembléias e Câmara Federal. E, muitos desses malandros mais uma vez serão candidatos. Lobos com caras de cordeirinhos!
Diante dessa realidade, é necessário refletir sobre os motivos que nos levaram tal situação, para perceber por que, apesar de tudo, ainda é válido votar. Porém, a escolha de cada eleitor precisa ser livre e cidadã. Para isso, é necessário basear o voto em convicções e argumentos. Não basta votar por qualquer motivo. É preciso que cada eleitor tenha bons motivos para votar. Receber algum favor pessoal, promessas vazias ou de boa vontade, o bueiro na frente da casa, a dentadura, um jogo de camisetas para o time, uns metros de brita ou areia, alguns tijolos e até dinheiro não são, definitivamente, bons motivos para votar. Aliás, são motivos ruins. São exatamente motivos para não votar em candidato que os apresentar ou propuser. Votar dessa forma é deixar de ser livre e fazer do voto um produto de compra e venda.
Por isso, não se corrompa!
Existe uma razão mais consistente para exercer com responsabilidade nosso dever de votar. É a importância da cidadania para a prática da verdadeira democracia. Neste sentido as eleições são o momento em que é devolvido à cidadania o poder que ela tem sobre o Estado.
Na verdade, esse poder é entregue nas mãos daqueles que são eleitos. A partir daí, precisamos fazer outra constatação importante: não basta delegar o poder aos eleitos, nem muito menos confiar no Estado. A cidadania precisa fiscalizar de maneira permanente e eficaz o Estado, para que ele possa atuar em função do bem comum de toda a cidadania.
Por intermédio das eleições podemos melhorar o próprio Estado, elegendo pessoas que conseqüentemente estejam mais sintonizadas com as causas verdadeiras da cidadania. Vamos pensar positivamente no Estado que queremos. Vamos também aproveitar as eleições para mostrar a nossa indignação e insatisfação com muitos daqueles que colocamos a quatro anos, na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal e, nada fizeram. Decepcionaram-nos.
*Elias Reis é articulista e Presidente do Sindicato dos Radialistas de Ilhéus.
eliasreis.ilheus@gmail.com
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