A contabilização dos votos para o Senado revelou derrotas para alguns dos mais influentes e conhecidos personagens do cenário político nacional. "Figurões" governistas e de oposição, tidos como barbada no início da campanha, amargaram derrotas nas urnas por todo o país.
A mais retumbante delas talvez seja a do ex-presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati. O ex-governador foi uma das vozes mais atuantes da oposição no Senado durante os oito anos do governo Lula, e chegou a ser cotado para ser o vice da chapa de José Serra à Presidência da República. No final da campanha, ele acabou sendo superado pelo ex-ministro Eunício Oliveira (PMDB) e pelo petista José Pimentel (PT).
Outro crítico ferrenho do governo Lula no Senado que não conseguiu a reeleição foi o amazonense Artur Virgílio. O tucano enfrentou o engajamento do presidente da República na campanha de seus rivais, acabou perdendo fôlego na reta final de campanha e terminou a disputa em terceiro, sendo superado por menos de um ponto percentual por Vanessa Grazziotin (PCdoB). A outra vaga ficou com o ex-governador Eduardo Braga (PMDB).
Outro ícone da oposição que não conseguiu renovar sua vaga no Senado foi Marco Maciel. Vice-presidente durante os dois governos de Fernando Henrique Cardoso, o senador pernambucano enfrentou o forte apoio à base do governo Lula no Estado e acabou superado nas urnas por Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT).
Pior aconteceu com o ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia. Pai do presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia, César Maia usou a força do seu capital político para indicar o deputado fluminense Indio da Costa (DEM-RJ) como vice na chapa de José Serra. Maia começou a campanha como um dos favoritos à vaga ao lado de Marcelo Crivella (PRB). No final, amargou uma melancólica quarta colocação.
Terceira colocada na eleição presidencial de 2006 com 6.575.393 votos, a alagoana Heloísa Helena fracassou em sua tentativa de retornar ao Senado. Ela conseguiu apenas 417.636 votos dos seus conterrâneos e terminou em terceiro lugar. As duas vagas do Estado ficaram com Benedito de Lira (PP) e Renan Calheiros (PMDB).
A base governista também registrou baixas. Ex-prefeito de Belo Horizonte e homem de confiança do presidente Lula, o petista Fernando Pimentel abriu mão de sua pré-candidatura ao governo do Estado de Minas Gerais para concorrer a uma vaga no Senado. Terminou em terceiro e ficou sem a vaga.
do Uol Noticias
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