A agricultora Edileide Santana Pereira, 32 anos, moradora da zona rural de Araci, cresceu vendo a propriedade do pai, na região do sisal, produzir apenas para consumo próprio, o que era comum, aliás, nas roças vizinhas. Crédito rural era uma prática inexistente.
A mesmice da vida difícil de Edilene só veio mudar agora quando conseguiu dinheiro com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para cultivar sua gleba de terra. “Consegui os recursos para comprar ovinos e plantar forrageiras para os bichos, hoje não morrem mais com a estiagem”, afirma ela.
De contemplada pelo Pronaf, a lavradora Edilene passou a agente multiplicadora e atualmente preside o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
De acordo com dados da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), o Pronaf liberou R$ 7 milhões para 70 famílias e o Pronaf Microbacias R$ 669 mil, para 320 famílias na região do sisal.
REFORMA AGRÁRIA
Em três anos e meio, o governo Wagner emitiu 23,7 mil títulos de propriedade de terra, regularizando uma área total de 595 mil hectares. Foram beneficiadas 962 famílias com obras e serviços de infra-estrutura em assentamentos, sendo que 581 delas receberam 14 casas de farinha elétricas.
A população quilombola, também, foi contemplada através de Ação de Discriminatória Administrativa Rural, deflagrada em sete comunidades remanescentes, beneficiando 602 famílias. Por meio de convênios firmados com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), 420 técnicos foram contratados para prestar Assessoria Técnica, Social e Ambiental a 35 mil famílias, em 552 assentamentos.
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