Nascido das entranhas do ex-PL, partido que estrelou o escândalo do mensalão, o PR vai se incorporar à caravana de Dilma nesta segunda (5).
A adesão será anunciada num encontro marcado para as 15h, num auditório da Câmara, em Brasília.
Na mesma reunião, o PR dará posse ao seu novo presidente, o senador Alfredo Nascimento (AM).
Nascimento acaba de deixar o Ministério dos Transportes. Vai às urnas como candidato ao governo do Amazonas.
O PCdoB vai aderir a Dilma na quinta-feira (8). Vai aproveitar um encontro de seus principais líderes com representantes de movimentos sociais.
Com esse gesto, o partido dá adeus, em definitivo, a Ciro Gomes (PSB), que também reivindicava o seu apoio.
Em nota divulgada neste domingo, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo justificou assim a adesão à candidata do PT:
“O diálogo positivo com Dilma, suas qualidades políticas e o caráter plebiscitário do pleito, possibilitaram ao PCdoB amadurecer a convicção de que ela está credenciada para disputar, vencer e governar com pleno êxito”.
Rabelo reconhece que a coligação pró-Dilma será “ampla”, que inclui legendas conservadoras.
A despeito disso, diz que o PCdoB defende a candidata adote um “programa audacioso” e atribua à esquerda “um papel destacado”.
Dilma comparecerá aos dois encontros, o do PR e o do PCdoB. Entre um e outro, fará sua primeira viagem como ex-ministra. Vai a Minas Gerais.
O comando da campanha de Dilma tenta agendar ainda para abril encontros com outras duas legendas: o PP e o PTB.
O PP é presidido pelo senador Francisco Dornelles (RJ), tio do grão-tucano Aécio Neves. O tucanato cobiça-lhe o apoio. Mas a maioria do partido pende para Dilma.
O PTB é comandado pelo deputado cassado Roberto Jefferson (RJ), o denunciante do mensalão.
Um pedaço expressivo da bancada do partido no Congresso flerta com Dilma. Mas Jefferson deve entregar o tempo de TV do PTB para o candidato tucano José Serra.
Do Uol Noticias
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