Sábado à tarde, convite à lassidão... Céu azul, sol quente, amigos, terraço e música rolando! Sentiu o cheirinho? É a memória olfativa ativada. É meu amigo, churrasco da turma. Estes encontros de união, confraternização ou coisa parecida entre pessoas que têm algo em comum para comemorar o não fazer nada!
Cerveja “a zói”, aquela cachacinha e carne à vontade. O som não pode faltar. Antigamente era só um pagodinho, hoje, um funkzinho também cai bem, particularmente adoro um reggae jamaicano ou um hip-hop bem americano, mas estes estilos ainda não são muitos bem aceitos no evento deste calibre.
Tudo começa em clima ameno de festa, depois de algumas cervejas a coisa degringola e após muitas outras geladas a coisa pega! O mico se torna geral. Começa o papo cabeça, o papo furado, o papo nada haver, e o melhor, o “eu te considero” geral. Muita dança, as meninas se tornam Sheylas, tchutchucas e technogirl’s, uma badalação total.
Juro que um dia destes vou ficar sóbria num churrasco só para ver as cenas completas, insólitas e principalmente hilárias. No último churrasco presenciei uma cena indescritível: uma amiga subiu numa cadeira, enquanto os maridos de outras amigas que estavam presentes davam moeda e vale transporte para que ela dançasse... Só em churrasco mesmo. É a liberação de seus demônios, ou melhor, dizendo, é a cervejada. Outras são as figuras que aparecem. Quer saber? Já fiquei face by face com a sósia da Lacraia, e provo!
Olha a baixaria é uma maravilha regada à ressaca do outro dia, que só nós brasileiros que corremos atrás dia a dia sabemos realizar.
O churrasco indiscutivelmente transcende a noção da realidade. Ficção? Mera coincidência ou escolha pessoal da vida como ela se apresenta. Deixa viver.
Por Cláudia Nunes
Um comentário:
Maravilha de post. Tem tudo a ver com a vida dos brasileiros em dias de festa, na lage, na varanda ou no quintal, não importa o lugar... O importante é que a alegria reina, mesmo!
JBCPOETA
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