Produto contém mercúrio, um metal pesado extremamente tóxico.
Empresas em São Paulo fazem a separação do mercúrio.
Os brasileiros aderiram às lâmpadas fluorescentes, mais econômicas do que as convencionais. Mas um problema segue sem solução. O que fazer quando elas não funcionam mais?
Ela surgiu como uma luz no fim do túnel quando o brasileiro foi obrigado a economizar energia, em 2001. Capaz de reduzir o consumo em até 80%, a lâmpada fluorescente caiu no gosto no consumidor. Antes do racionamento, eram vendidas três milhões por ano no Brasil. Hoje, são 150 milhões.
Mas o que chegou como solução para a economia virou problema para o meio ambiente. É que um dos componentes principais da lâmpada fluorescente é o mercúrio, um metal pesado extremamente tóxico.
“O mercúrio tem o efeito danoso sobre a saúde porque causa até o câncer, problemas no sangue, problemas no sistema nervoso central e pode levar até a morte”, explica o consultor ambiental Sabetai Calderoni.
Preocupação mundial
O descarte desse tipo de lâmpada é uma preocupação mundial. Vários países da Europa já desenvolveram sistemas específicos de coleta e reciclagem desse tipo de produto. Consumidor vai até a loja, entrega a lâmpada queimada e recebe um desconto no preço da lâmpada nova.
Aquelas que já não servem mais são coletadas e mandadas de volta para as fábricas. De lá vão para a reciclagem. Quem paga a conta é quem fabricou: a indústria.
No Brasil, ainda não há consenso sobre quem vai pagar a conta, já que todas as lâmpadas fluorescentes compactas são importadas. O assunto está há anos em discussão.
“Acho que é uma política que vai sendo formada aos poucos. Estimular o surgimento de muitas pequenas indústrias em todo o Brasil. Aí, se faz reciclagem no local”, afirma Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação.
Por enquanto, existem apenas três empresas em São Paulo fazem a separação do mercúrio. Em vez de poluir e colocar a vida em risco, o que sai da reciclagem é reaproveitado.
“Todo esse mercúrio é destinado para centros de pesquisa, mas ele também pode ser destinado ou vendido para indústrias que utilizam esse mercúrio”, explica o engenheiro Roberson Neri.
do G1
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