terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Em meio a divergência, Brasil 'viajante' faz clássico com Itália em Londres


Mesmo diante de problemas pessoais,
Robinho começará jogando

Pela sétima temporada consecutiva, a seleção brasileira abre, nesta terça-feira, o ano com mais um confronto longe do território nacional. O compromisso das 17h45 (horário de Brasília) contra a forte Itália, rival que não enfrenta há mais de uma década, acontece no Emirates Stadium, em Londres. A TV Globo e o canal pago SporTV transmitem ao vivo o confronto.

A equipe nacional não inicia uma jornada diante da sua torcida desde 2002, quando goleou a Bolívia por 6 a 0, em Goiânia. De lá para cá, foram quatro jogos na Europa e dois na Ásia - muitas vezes, contra adversários sem muita expressão.

No comando do Brasil desde o dia 24 de julho de 2006, quando herdou o posto de Carlos Alberto Parreira, Dunga começou a carreira como treinador da seleção justamente fora de casa, no empate diante da Noruega (1 a 1), em Ullevaal. Antes de disputar a primeira competição oficial no comando brasileiro, na Copa América, o ex-volante disputou 11 jogos consecutivos fora do Brasil. A estreia em casa só aconteceu após mais de um ano no cargo.

Mas, como se estivesse atuando no país, a seleção será recepcionada por cerca de 65 mil pessoas no Emirates Stadium. Na véspera do clássico, Dunga e o treinador italiano Marcello Lippi entraram em divergência. Sem contar com três importantes jogadores - Kaká, Luis Fabiano e Anderson, lesionados -, Dunga tentou minimizar a importância do encontro, que já não acontece há quase 12 anos. "É só um amistoso, não é um jogo de Copa do Mundo. Não é uma hegemonia em amistosos que vai fazer diferença", comentou o treinador brasileiro.

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Empolgado, Lippi, que levou a Azzurra ao quarto título mundial na Alemanha (2006), não concordou com o colega e tratou e pedir holofotes para o clássico em Londres. "São duas seleções com muitos títulos. O mundo inteiro prestará atenção. É um jogo real, e não uma exibição de circo."

Para a partida, Dunga não revelou quem ficará com a vaga de Kaká no meio-campo, mas o mais provável é que ele utilize Elano. "Independentemente de quem ficará com a vaga, eu ou o Júlio Baptista, é preciso entender que nós não faremos exatamente a mesma função. O Kaká é um jogador de muita qualidade, sem comparação com qualquer outro no mundo. Mas eu também sei da minha qualidade e que, se for escolhido, basta continuar fazendo o que tenho feito na seleção, correspondendo ao que esperam de mim. A minha facilidade de jogar mais atrás ou à frente me ajuda, assim como o fato de estar jogando em casa, na Inglaterra", comentou o meia do Manchester City.

Destaque na vitória da Roma contra o Genoa por 3 a 0, na rodada do fim de semana do Campeonato Italiano, quando marcou dois gols, Júlio Baptista evitou a pressão de ser um dos prováveis substitutos do melhor jogador do mundo de 2007. "Penso que cada um tem a sua função e personalidade. Vou colocar dentro do campo as coisas que sei fazer e espero poder contribuir da melhor maneira", declarou.

O clássico em Londres ainda tem um clima especial para ditar quem ficará na frente no duelo entre Brasil e Itália, uma vez que as duas seleções têm o mesmo número de vitórias (cinco para cada lado), empates (dois) e gols marcados (19). Após enfrentar a Azzurra, a seleção só volta a campo em março (dia 28), quando enfrenta o Equador, em Quito, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010.

BRASIL
Júlio César; Maicon, Juan, Lúcio e Marcelo; Gilberto Silva, Josué, Elano (Júlio Baptista) e Ronaldinho; Robinho e Adriano.
Técnico: Dunga

ITÁLIA
Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Legrotaglie e Grosso; De Rossi, Camoranesi, Pirlo e Pepe; Toni e Di Natale.
Técnico: Marcello Lippi

Local: Emirates Stadium, em Londres (ING)
Horário: 17h45 (de Brasília)
Transmissão: Globo e Sportv
Juiz: Michael Riley (ING)

Por Augusto Zaupa

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