quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O Genocídio negro como política de Estado


Por Lio Nzumbi *

Anda circulando pelos meios da rapinagem midiática notas e reportagens que fazem alusão a um suposto acréscimo da violência em Salvador e região. Este enfoque tem como base informações estatísticas que contam através de órgãos oficiais (Central de Telecomunicações da Policia civil - Centel, o Centro de Documentação e Estatística policial – CEDEP dentre outros) o número de homicídios em nossa carnavalesca cidade. Ainda que a frieza dos números nos traga informações que a lógica matemática consagra como incontestes, a nossa atuação direta no enfrentamento à violência racial em Salvador e região metropolitana nos faz analisar com ressalvas estas notícias.

Anda circulando pelos meios da rapinagem midiática notas e reportagens que fazem alusão a um suposto acréscimo da violência em Salvador e região. Este enfoque tem como base informações estatísticas que contam através de órgãos oficiais (Central de Telecomunicações da Policia civil - Centel, o Centro de Documentação e Estatística policial – CEDEP dentre outros) o número de homicídios em nossa carnavalesca cidade. Ainda que a frieza dos números nos traga informações que a lógica matemática consagra como incontestes, a nossa atuação direta no enfrentamento à violência racial em Salvador e região metropolitana nos faz analisar com ressalvas estas notícias.

Os dados disponibilizados pela Centel revelam que, até o final da primeira segunda-feira deste ano (05/01/09), já foram assassinadas 50 pessoas, o que resulta numa média de dez mortes violentas por dia, o dobro do registrado no mesmo período de 2008. Embora esta contagem revele, desde 2005, o maior número de homicídios contados em um intervalo de cinco dias, não podemos deixar de entender que a primeira semana deste ano confirma uma tendência que vem se acentuando nos últimos anos

As orientações ideológicas acumuladas pela Campanha Reaja ou Será Mort@! no enfrentamento à violência racial em Salvador e região nos permite entender este período que antecede o carnaval como um momento crítico. A brutalidade investida por parte do Estado contra comunidades da periferia soteropolitana se intensifica como modo de responder um ensejo racista não anunciado: a segurança d@s branc@s. O governo do Estado tem que mostrar serviço a quem atende; ainda mais neste período que antecede o carnaval. É necessário mais uma vez, através da desculpa de combate ao crime organizado, levar a cabo a “assepsia” racial que se admite empreender através de operações policiais apelidadas com nomes como “Saneamento1”, “Saneamento 2”... Embora essas incursões nos bairros negros da periferia soteropolitana lembrem muito um daqueles filmes de terror divididos em varias partes, não podemos deixar de entender que a política de segurança escolhida tem se aplicado de modo ininterrupto e que esta consiste em primeiro e ultimo plano, na geração de uma pilha gigantesca de cadáveres negros.

Por outro lado é também importante dizer que a contagem macabra de corpos negros pode até render milhões ($$$) em pesquisas cientificas, elaboração de “políticas públicas” e audiência para estes programas sensacionalistas de meio-dia, mas não dá conta de decodificar a dor que estamos sentindo em nossas comunidades. Igualmente importante, é dizer que esta dor não corresponde apenas ao acréscimo do numero de homicídios.

Veja tabela de homicídios ano a ano e Leia Mais em: Direitos Humanos

* Lio Nzumbi é membro da Associação de Familiares e Amig@s de Pres@s da Bahia (ASFAP) e articulador da Campanha Reaja ou será mort@!

Um comentário:

Aluman da chini Osū disse...

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