Por Samuel Celestino
As pesquisas desta vez acertaram. A vitória de João Henrique, prefeito reeleito de Salvador, é significativamente importante, porque demonstra uma extraordinária recuperação de um gestão, que se imaginava irreversivelmente desgastada, e uma ação política vigorosa que teve início com o seu ingresso no PMDB, para formar ao lado do PMDB, controlado pelo ministro Geddel Vieira Lima. A mudança de rumo administrativo determinou uma guinada vigorosa, transformando um provável fracasso numa notável vitória, ainda mais num confronto com um político de reputação maior, Walter Pinheiro, um dos mais destacados deputados do PT nacional. Fizeram uma campanha sem conflitos em primeiro turno e de fortes “pegadas” no segundo, de conseqüências imprevisíveis sobre o futuro político da aliança PMDB-PT. Geddel posicionou seu irmão, Lúcio Vieira Lima (uma revelação na ação política de efeito rápido) ao lado de João Henrique, evitando maiores desgastes do prefeito no confronto com os seus adversários. Ao prefeito reeleito ficam expectativas de uma nova administração com menor número de erros do que essa que exerce, e, principalmente, compromissos renovados. A revelação das urnas também remete para um novo horizonte, as eleições de 2010, na qual dificilmente Geddel deixará de ser candidato ao governo do Estado, num confronto com Jaques Wagner, num novo cenário de alianças político-partidárias, abrindo-se panoramas diversificados para as gestões futuras da Bahia.
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