Se a Assembléia Legislativa da Bahia(Alba) fosse uma pequena floresta e os deputados fossem os habitantes, eles poderiam ser divididos em três diferentes espécies: bichos-preguiça, abelhas e formigas.
Os bichos-preguiça são os parlamentares que praticamente nada propuseram desde 2007. O deputado Paulo Azi (DEM), em 2007, só abriu a boca para propor três moções. Este ano, até agora, não foi muito diferente. Azi disse que a baixa produtividade é motivada pela prioridade que tem sido dada aos projetos do executivo. "Só voltarei a apresentar projetos quando tiver certeza que eles serão votados", explicou. Valmir Assunção (PT), Ronaldo Carletto (PP) e Paulo Câmera (DEM), que ainda não propuseram nada este ano, completam a turminha.
Já as abelhas são os parlamentares que gostam de fazer cera para depois se lambuzar no mel. São os deputados que literalmente enchem lingüiça com um monte de propostas irrelevantes, como moções e indicações. Seus projetos servem apenas para propagandear os ‘trabalhos’ realizados ao longo do mandato. Luciano Simões (PMDB) é um bom exemplo. Em 2007, propôs 128 moções e apenas três projetos de lei (PL). 2008, o ritmo não mudou, foram 87 moções contra dois PLs. Para justificar sua atuação, o deputado também coloca a culpa na pobre da constituição. "Projetos que interfiram diretamente no Poder executivo são inconstitucionais. a constituição castrou o poder do legislativo", disse
A espécie mais escassa é a das formigas. São os parlamentares que de fato trabalham. Nela se enquadram deputados como Álvaro Gomes (PCdoB) e Yulo Oiticica (PT), que este ano já propuseram respectivamente 29 e 36 PLs. Mesmo com a alta produtividade, Gomes preferiu não criticar os colegas. O deputado prefere dizer que a Alba passa por um momento de fortalecimento institucional depois de um período de submissão ao executivo.
Fonte: Jornal da Metrópole
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