A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) afirmou, na tarde desta sexta-feira (27), que está preparada para governar a terceira capital do país. A pré-candidata à Prefeitura de Salvador pelo partido debateu reforma urbana e habitação com lideranças do movimento comunitário e da luta por moradia.
Realizado em auditório lotado do Sindicato dos Bancários da Bahia e conduzido pelo vice-presidente do PCdoB local, Javier Alfaya, o evento contou com a palestra da professora e arquiteta Teresa do Espírito Santo, ex-coordenadora de Projetos Especiais da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (SEDUR).
Em sua exposição, a arquiteta mostrou dados sobre a situação do município. “Temos 963,7 domicílios, sendo que 101,9 mil não são ocupados. O déficit habitacional chega a 10,6%”, revelou. A professora ressaltou que, quando se fala em termos qualitativos, o déficit é de 400 mil moradias. “Qualidade tem relação com morar em local de fácil acesso, com boa infraestrutura e transporte de qualidade, entre outros serviços”, explicou.
Entre muitas alternativas para mudar a atual realidade, Tereza sugeriu uma gestão democrática entre prefeitura e sociedade; planejamento, organização e delimitação dos bairros e a criação da Secretaria Municipal de Habitação.
Preparar a cidade
Alice Portugal iniciou sua intervenção afirmando que absorvia os dados apresentados para traduzir em linguagem popular e construir seu programa de governo. “Vamos construir esse novo projeto para Salvador ouvindo especialistas e reunindo os movimentos sociais para ouvir os anseios da população. É assim que prepararemos a cidade para a Copa e as Olimpíadas”, afirmou.
A pré-candidata enfatizou que reativará os conselhos municipais para que os representantes da população participem da administração. “O PCdoB tem história de luta e acumula excelentes experiências administrativas. Estamos prontos para governar bem Salvador. Chegou a nossa vez. Vamos devolver a dignidade à nossa gente”, declarou.
Apoio popular
Durante o debate, Alice recebeu o apoio de lideranças e entidades dos movimentos social e sindical. Estavam presentes Rui Oliveira, da APLB-Sindicato; Antônio Manoel, do Sinposba e presidente do Conselho Municipal de Saúde; Everaldo Augusto, do Sindicato dos Bancários da Bahia; Reginaldo Oliveira, do Sindicato dos Comerciários, e dirigentes do Sintracom (trabalhadores da construção civil) e do Sindicatos dos Metalúrgicos.
Rita Sabadelli, dirigente do Movimento dos Sem-Teto, ressaltou a importância de os movimentos serem chamados para discutir saneamento, mobilidade e habitação. A dirigente da CONAM (Confederação Nacional das Associações de Moradores), Ivonete Bispo, destacou que as lideranças estavam ali para ouvir as ideias da pré-candidata. “Precisamos de mais qualidade de vida e moradia digna é o primeiro passo”, frisou.
João Pereira, presidente da FAMEB (Federação das Associações de Moradores da Bahia) enfatizou que os movimentos sociais devem contribuir com a construção de um novo projeto mantendo sua autonomia frente ao poder público. “Vamos avaliar os projetos e escolher aquele onde prevaleçam os interesses da cidade e da população, e não interesses privados”, afirmou.
Do Bahia Todo Dia
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