Para comemorar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a Secretaria de Políticas para a Mulher (SPM) da Bahia realizou nesta segunda-feira (25/7) o encontro Geração- Gênero, Raça, Campo e Ação, no Hotel Vila Velha, em Salvador. O evento reuniu representantes do governo e de entidades negras para discutir políticas públicas voltadas às mulheres negras, que representam mais de 70% das que moram em Salvador, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
O acesso ao mercado de trabalho foi um dos temas abordados. Para a representante da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Luana Soares, as mulheres negras ainda encontram muitas dificuldades quando o assunto é emprego estável e salário. “Ganhamos menos que as mulheres consideradas brancas e sofremos preconceitos na hora de disputar uma vaga de emprego”.
De forma geral, os dados de 2010 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) apontam que as mulheres recebem salário inferior ao dos homens, têm maior presença no mercado informal e enfrentam dupla jornada de trabalho, por causa dos afazeres domésticos. A depender da profissional, a diferença salarial chega a mais de 30%.
A secretária da SPM, Vera Lúcia Barbosa, afirmou que a secretaria atua em dois eixos: enfrentamento à violência contra as mulheres e a autonomia econômica. “É através desses eixos temáticos que estamos desenvolvendo ações de políticas públicas para as mulheres, de forma geral. Para as negras, queremos trabalhar com projetos próprios para elas, já que nenhuma mulher é igual à outra”.
Há 19 anos era criado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. O dia 25 de julho foi escolhido durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, capital da República Dominicana, em 1992. Na capital baiana, a data também já faz parte do calendário oficial desde 2008, instituída através da lei nº 7.440.
Fonte: Secom Bahia.
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