sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Wagner: Dilma é vítima de prática fascista na campanha


O governador reeleito Jaques Wagner classificou, na manhã desta sexta-feira (8), de “falsa polêmica” o fato de a oposição procurar difundir que há diferenças entre Dilma Rousseff e grupos religiosos e lembrou que o Partido dos Trabalhadores sempre teve em suas fileiras líderes das mais diversas crenças. Ele conversou com jornalistas antes de discursar no lançamento da campanha na Bahia da candidata da coligação “Para o Brasil Seguir o Mudando” no Hotel Pestana (Rio Vermelho), evento que reuniu mais de duas mil pessoas.

“O PT nasceu repleto de lideranças religiosas. O PT sempre dialogou com todas religiões. Sou judeu, dialogo com mãe de santo, com pai de santo, com padre, com pastor, com líderes espiritualistas. Eu duvido que tenha outro partido com tantos católicos e evangelistas praticantes como o PT. Nós fomos nascidos nas comunidades eclesiais de base. Alguém desconhece Leonardo Boff?”, perguntou.

Wagner criticou ainda a boataria em relação à posição de Dilma sobre o aborto. “Eu acho sinceramente que certas pessoas estão tentando fazer uma coisa fascista. Eu não conheço ninguém que possa defender o aborto. Eu acho o aborto abominável, ruim para mulher, fisicamente e psicologicamente. O que nós defendemos é o planejamento familiar, acesso à educação sexual a todos, para que as pessoas possam decidir qual o tamanho de suas respectivas famílias”, afirmou.


O governador, reeleito com uma diferença superior a três milhões de votos para o segundo colocado, a maior já registrada na Bahia, é de opinião que Dilma incorpore ao seu programa de governo projetos de Marina Silva, candidata do PV, terceira colocada no primeiro turno. “Nós temos que reafirmar o nosso projeto político que está em curso no Brasil há oito anos e na Bahia, há quatro anos. Dilma representa um projeto em que eu acredito e o outro candidato representa um projeto, no qual eu não acredito. Tenho certeza das afinidades de pensamento entre Dilma e Marina e acredito que teremos acima de 70% da votação, no segundo turno, pelo menos aqui na Bahia”.

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