quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PCdoB-BA obtém vitória em seu projeto político-eleitoral

Alice, Daniel e Edson, Álvaro, Fabrício e Kelly

Na Bahia, as urnas confirmaram a aprovação popular dos mandatos de Alice Portugal e Daniel Almeida, eleitos para a Câmara dos Deputados pela terceira vez consecutiva. A eleição do estreante no pleito federal, Edson Pimenta, completa a bancada de deputados federais comunistas eleitos na Bahia que, agora, passa a contar com três integrantes, entre os 15 eleitos pelo PCdoB nacionalmente.

Juntos, os três deputados federais eleitos somam 341.345 votos, sem computar a votação na legenda do PCdoB. Daniel alcançou 135.817 votos, Edson 103.940 e Alice Portugal 101.508 votos.

A coligação do PCdoB, PT, PSB,PDT, PP, PHS, PRB elegeu 22 deputados federais e os eleitos do PCdoB estão entre os mais votados. Daniel é o 8º mais votado na coligação, Edson Pimenta, ocupa o 11º lugar e é o segundo estreante mais bem votado e Alice Portugal, além da expressiva votação em 12º lugar é a única mulher eleita na coligação entre as cinco que concorreram.

“Cumprimos integralmente os objetivos que traçamos, o que revelou uma tática correta e um desempenho que se destaca no cenário nacional”, destacou Daniel, que é também o presidente estadual do partido. E, de fato, a Bahia foi o único estado a eleger três deputados federais e três estaduais do PCdoB.

A bancada na Assembleia Legislativa, portanto, está mantida com a com a reeleição de Álvaro Gomes e a entrada de dois estreantes: Fabrício, atual vereador em Vitória da Conquista, e Kelly Magalhães, vereadora de Barreiras. O partido não conseguiu reeleger o deputado estadual Javier Alfaya. Além do deputado reeleito, Fabrício e Kelly também são integrantes da Comissão Política Estadual do PCdoB.

Pela primeira vez concorrendo em chapa própria para a Assembleia Legislativa, o resultado aponta o acerto da tática eleitoral. “São os novos desafios que o PCdoB apresenta de buscar o seu enraizamento na capital e interior, garantindo a nossa presença em todo o estado”, pontuou Álvaro.

Expectativas

As expectativas dos estreantes na Assembleia é grande. “Pretendo fazer um mandato voltado para os interesses da sociedade, de uma forma coletiva, e continuar a honrar o nosso partido de forma séria, coerente e fazendo, da Bahia, cada dia um lugar melhor para os baianos, junto com o governo Jaques Wagner”, afirmou Fabrício, o mais bem votado do PCdoB.

Para Kelly, uma das 11 mulheres eleitas para a Assembleia da Bahia, a meta é dar voz às bandeiras femininas, aliadas às demandas da região Oeste. “Vamos ser porta-voz dos anseios das mulheres e, acima de tudo, mesclado com a luta do povo do Oeste da Bahia, que também tem necessidade de representação”, endossou.

E a renovação na Assembleia foi a marca destas eleições: 49% das 63 cadeiras foram alteradas com a entrada de 31 novos deputados. Enquanto a base governista elegeu 34 - mas com expectativa de que, após a posse e início das atividades, seja ampliada em virtude das alianças e mesmo das trocas de partido -, legendas tradicionais perderam espaço, a exemplo do DEM, que viu sua representatividade despencar pela metade; de 10 para cinco deputados. “A vitória na Bahia foi completa. Foi uma vitória do projeto. O povo entendeu a idéia de votar no time de Lula, Dilma e Wagner, e elegeu também uma ampla bancada de deputados estaduais e federais”, ressaltou Daniel Almeida.

Governo

A reeleição de Wagner (PT) com mais de 63% da preferência do eleitorado - o equivalente a 3,9 milhões de votos – e a vitória da dupla de Senadores da chapa majoritária, Walter Pinheiro e Lídice da Mata – que será a primeira mulher baiana a assumir mandato no Senado - evidenciam bem isso. E foi também na Bahia que a presidenciável Dilma Roussef (PT) alcançou uma de suas melhores votações em todo o país: acima de 62%. Na projeção geral, Dilma ficou com 46%, José Serra (PSDB) obteve 32% e Marina Silva (PV), 19%.

“O PCdoB vai fazer o chamamento a toda militância para essa tarefa de eleger Dilma presidente e propõe que não se desative nenhum comitê que funcionou na campanha casada com Wagner”, defendeu o presidente do partido na Bahia. A proposta deve ser seguida à risca, já que o próprio Wagner anunciou que pretende assumir a coordenação da campanha de Dilma não apenas na Bahia, mas também no Nordeste, com objetivo de ampliar a vantagem da candidata na região. “E é fundamental, neste segundo turno, fazer um debate de caráter mais programático e com explicitação das diferenças ideológicas entre o projeto que Serra representa e o projeto que Dilma representa; porque o povo já mostrou, nas urnas, que quer a continuidade das mudanças iniciadas por Lula”, declarou Daniel.

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