As exportações baianas atingiram um volume recorde no ano, registrando US$ 835,1 milhões em agosto, o que representa uma alta de 11% em relação ao mês anterior. A informação foi apurada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan). Em relação ao igual período do ano passado, as exportações de agosto tiveram uma alta de 19,5%.
“A recuperação dos mercados importadores, principalmente da Argentina, União Europeia e China, o auge da safra de grãos e o incremento nos preços e no volume exportado de produtos petroquímicos, derivados de petróleo, celulose, algodão e café foram responsáveis pela elevação das vendas externas do estado no mês passado”, afirmou o coordenador de Comércio Exterior da SEI, Arthur Souza Cruz.
De janeiro a agosto, a Bahia exportou US$ 5,7 bilhões, num aumento de 34,3% em relação ao mesmo período de 2009. No ano, a expansão vem crescendo e o resultado dos últimos 12 meses (US$ 8,5 bilhões) já supera a projeção para este ano de US$ 8,4 bilhões, segundo Souza Cruz.
As importações, por sua vez, desaceleraram em agosto, alcançando US$ 467 milhões, o que representa uma redução de 2,3% frente a igual mês do ano anterior e de 17,6% em relação a julho.
Com os resultados do comércio exterior no período, a balança comercial do estado acumula um superávit de US$ 1,5 bilhão até agosto, 1,2% acima de igual período do ano anterior.
“O desempenho das exportações baianas nos primeiros oito meses do ano é superior ao incremento nacional, que foi de 28,8%, demonstrando que a alta dos preços de itens importantes da pauta baiana, aliada ao crescimento da demanda externa, vem recuperando as vendas externas do estado, mesmo com o câmbio desfavorável”, explicou o coordenador.
Vendas recuperadas
A recuperação das vendas do comércio exterior baiano foi decorrente do aumento de preços no mercado internacional. A celulose, por exemplo, em que a Bahia é um dos principais estados exportadores do país, registrou um dos maiores crescimentos de preço no ano (40%). Também aumentaram expressivamente os preços do petróleo (57%), cobre (69%), produtos petroquímicos (45%), algodão (17%), dentre outros.
Por conta disso, em julho, dispararam as vendas de óleo diesel (249%), celulose (95%), algodão (296%), propileno (96%), café (50%), acrilonitrila (161%) e fios de cobre (16%), sendo esses produtos os maiores responsáveis pelo recorde de exportações do mês.
O crescimento das vendas para a Argentina (136%) também foi responsável pelo bom desempenho em agosto. A Argentina liderou como destino, ficando com 16,4% das vendas da Bahia ao exterior, ante 13,4% dos norte-americanos, que lideram as compras do estado no acumulado do ano.
Nos últimos três meses, a Bahia vendeu mais para a Argentina (US$ 401,3 milhões) que para os EUA (US$ 301 milhões). Alavancada pelo aquecimento da economia brasileira, que recuperou as exportações agrícolas e industriais do país, a Argentina caminha para ter um dos maiores crescimentos na América Latina neste ano, firmando-se entre os três maiores mercados para as vendas externas baianas.
No acumulado do ano, foram importados US$ 4,3 bilhões, um aumento de 51,2% em relação aos primeiros oito meses de 2009. Os principais produtos importados pelo estado no período foram minério de cobre (US$ 85,4 milhões), automóveis (US$ 83 milhões) e nafta (US$ 67 milhões).
A compra de automóveis no ano já atinge US$ 684,6 milhões, 66% acima de igual período de 2009, o que resulta em um déficit de US$ 403,4 milhões na balança do setor na Bahia.
AGECOM
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