terça-feira, 22 de junho de 2010

O homem e seus problemas sociais

Por Valter Moraes


O homem, impossibilitado de avaliar ou se sensibilizar com as mazelas produzidas na sociedade, se comporta indiferente aos problemas que lhe são inerentes, (saúde, educação, violência, garantia de emprego, distribuição do lucro, etc,) que seria de sua responsabilidade discuti-las e interferir no problema analiticamente, politizando as discussões para não agir equivocadamente e não gerar mais problemas que possam individualizar suas ações ou as ações de interesse coletivo, o que seria salutar para sua formação político-social na exercitação da cidadania.

É necessário apelarmos para a emergência de discutirmos qual a sociedade que queremos e conscientemente, convocarmos todos os trabalhadores para juntos criarmos uma corrente para o enfrentamento ao grande capital explorador da sociedade produtiva, que relega-nos ao mais descartável produto do capitalismo, com uma rotatividade de mão de obra jamais visto e que tem como único objetivo, aumentar seu lucro, sem nenhum compromisso ou responsabilidade com o emprego, com o desenvolvimento social que insira o homem desconcentrando a riqueza para não potencializar a miséria.

No entanto, o próprio trabalhador carente de formação política e ideológica, e longe de ter uma consciência de classe para lutar contra a exploração do capitalista, ilude-se com as migalhas que o insere no consumismo, convertendo-se em mais um aliado do capital, criando uma falsa realidade, individualista e mesquinha, que o leva para a despolitização e a exacerbação do fetichismo, tornando-o na maioria das vezes um adulto infantilizado.

Dentro deste paradigma, onde a realidade mostra com bastante clareza um caminho inverso deste perverso sistema degradante, que por um lado desenvolve sua tecnologia criando condições de extrema importância para a humanidade, mas que por outro lado, destrói esse mesmo desenvolvimento quando não realiza as necessidades básicas da sociedade, alienando seu potencial político a mera discussão pragmática de teor consumista, criando uma grande dicotomia social, paradoxo criado pela falsa e ilusória condição do homem na sociedade de consumo.

Portanto, a sociedade organizada como vanguarda e ideóloga desta transformação, tende a assumir o compromisso e a responsabilidade de pautar essa discussão no conjunto social, com a preocupação de formar novas lideranças que possam ajudar a consolidar um novo projeto para uma nova sociedade, educada para entender a evolução histórica e social da humanidade carente de conhecimentos, que possam ajudá-lo no entendimento desse evolucionismo dialético dentro da tríade tese, antítese e síntese, presente em todos os momentos da vida.

O Estado enquanto representante do povo não pode ficar ausente e se omitir das suas responsabilidades diante dos problemas que se avolumam, e a sociedade não pode jamais se omitir de tais discussões e de suas ações para a concretização dos seus objetivos, que é a transformação da realidade miserável em que vive o homem.



Correremos sérios riscos de violações das leis estabelecidas, já que essas leis não agem em favor do cidadão comum como é práxis em uma sociedade que olha seus concidadãos de cima para baixo, sectária, marginalizando-nos e excluindo-nos das possibilidades de inclusão social.

Não é esse o mundo idealizado por grandes homens conhecedores da história que simbolizam as lutas dos trabalhadores, interpretando a história como a “história da luta de classe”, (Karl Marx) conclamando os trabalhadores para a luta contra a barbárie, (trabalhadores do mundo, uni-vos), (Karl Marx), um mundo voltado para as grandes realizações em que o homem seja a prioridade dentre as riquezas do mundo, como a riqueza da fauna e da flora, na luta pela conscientização da preservação da natureza, na luta para desenvolvermos um projeto socialista capaz de criar a sustentabilidade e o respeito pelas culturas, pelos povos, pela dignidade das minorias, e estabelecermos de uma vez por todas, de que nós precisamos do mundo saudável, e que ele é necessariamente salutar para a sobrevivência de todo o globo terrestre, para não continuarmos agindo em pleno século XXI de forma atabalhoada e pré-histórica.

É urgente que permitamos a evolução da humanidade para termos uma sociedade preparada para os embates e resolvermos à disparidade social perversa que vem assolando o mundo, matando culturas, destruindo países da forma mais covarde e perversa, agindo assistencialistamente para consolidar o engodo da incompetência de um Estado burguês reacionário, individualista, promíscuo e irresponsável.

Se não conscientizarmos nossas ações e lutarmos ideologicamente por um novo paradigma praxista dialético para promovermos o progresso da humanidade sem a promiscuidade estabelecida pelo capitalismo predador, estaremos fadados à sucumbência da forma mais cruel e covarde estabelecido pelo capitalismo. Assim, se torna urgente o amadurecimento político da humanidade e sua participação nas decisões políticas que interfiram em suas vidas, para que a construção desta nova sociedade seja a construção de todos os povos, para não contarmos e repetirmos inocentemente as histórias de um “herói”. Não existe herói sem povo, portanto, o povo é seu próprio herói.
Vamos à luta camarada, para construirmos e realizarmos uma grande conferência, debatendo sobre todos os ângulos o projeto desta nova sociedade socialista para armarmos o povo da necessidade de mudarmos essa realidade concentradora das riquezas e promotora das misérias, que assolam o mundo dominado pela ganância e falta de um pensamento maior onde todo possa viver condignamente.

Um comentário:

Fatima Zanin disse...

Gostei muito do texto e o assunto postado.
Abç