Por Antônio do Carmo, do Politica com Dedo na Ferida
A imprensa local hoje está cheia de noticias da famosa e esperada (por uns e outros) reunião entre o governador Jaques Wagner e o senador César Borges, onde discutirão as bases da adesão do senador do PR ao projeto que o PT vem implantando a três anos na Bahia.
Tirando os exageros do tipo: “Wagner dá ultimato a César” como saiu em um dos jornais locais, a linha geral dá como certa a aliança que conduzirá a definição da eleição baiana em primeiro turno, como mostra a tendência dos debates óbvios que ocorrerão nacionalmente.
NA CAMPANHA CONJUNTA O ELEITOR VAI CONFRONTAR AS PESSOAS E OS PROJETOS EM UM GRANDE PLEBISCITO NACIONAL E ESTADUAL.
Independente da vontade dos pensadores, analistas, políticos, candidatos, o eleitor vai decidir entre as experiências de governo (nacional e estadual) e o que mudou nas suas vidas.
Paulo Souto fez o que em oito anos? Wagner fez o que em quatro? Foi melhor? Wagner merece continuar mais quatro e consolidar o que vem fazendo?
O detalhe é que estas questões estarão intimamente ligadas à Lula, FHC, Dilma e Serra. O eleitor fará a comparação entre os governos nacionais e a tendência é a continuidade do projeto de Lula, que efetivamente fez um melhor governo do que FHC, assim como o Wagner fez um melhor governo do que o Paulo Souto, comparando-se inclusive o dois por um.
Por isso que os apoiadores de Wagner, unidos, apóiam a aliança com Cesar Borges e mais d que isso, vão elegê-lo para garantir os dois senadores na base de Dilma.
VALE A PENA TRANSCREVER ESTA NOTÍCIA DO SITE BAHIA NOTÍCIA:
“INSTITUTOS COGITAM VITÓRIA DE DILMA NO 1º TURNO
O crescimento nas pesquisas eleitorais da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, ante a estagnação do governador de São Paulo José Serra (PSDB) tem impressionado os diretores dos quatro principais institutos de pesquisa do país.
“Não é impossível imaginar que a Dilma ganhe a eleição já no primeiro turno”, avalia João Francisco Meira, do Vox Populi. Para ele, quando há candidatos carismáticos, a disputa se concentra mais entre as personalidades desses candidatos, o que não seria o caso desta eleição.
O que deve decidir a disputa, em sua opinião, são fatores como a economia: se estiver ruim, a tendência é de mudança – mas a economia é o principal trunfo do governo Lula.
Em segundo, o aspecto ideológico – nesse caso, diz ele, 56% das pessoas se definem como sendo de esquerda e 30% como eleitores do PT.
Meira ressalta também a importância do tempo de TV e de algum incidente que possa alterar a opinião dos eleitores.
Ricardo Guedes, do Sensus, endossa a tese pró-PT: “Dilma tem produto para mostrar, a economia. O Serra não tem. Hoje a tendência é muito mais pró-Dilma”.
Márcia Cavallari, do Ibope, e Mauro Paulino, do Datafolha, adotam um pouco mais de cautela, embora tenham admitido cenário favorável à Dilma.
“O comportamento do eleitor não é matemático. A campanha ainda tem muita coisa para acontecer. O que a gente sabe é que o eleitor se sente muito confortável de ter votado no Lula e agora fazer essa avaliação de que acertou.
Ele pensa: ‘Acertei, e o País está tendo avanços’. O eleitor considera que os avanços foram muito mais profundos no governo Lula.
A comparação com o governo FHC é prejudicial para o Serra”, afirmou a diretora do Ibope. Informações do Estadão.”
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