Por Daniel Thame
Com a chegada do verão, que resulta na presença de milhares de turistas no belíssimo litoral sulbaiano, está sendo intensificada a campanha de combate à exploração sexual infanto-juvenil. Uma campanha mais do que necessária, já que é impossível fechar os olhos e é inaceitável permanecer omisso diante de uma prática condenável, mas que está aí, como uma triste realidade.
No posto da Policia Rodoviária, na rodovia Jorge Amado (Ilhéus-Itabuna) voluntários estão distribuindo material informativo para motoristas e passageiros de motos, carros e caminhões e também para as pessoas que viajam de ônibus.
A mobilização envolve organizações não governamentais e entidades como os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Ministério Público, Polícia Rodoviária, OAB, Associações Comerciais, CDLs, Rotary, Lions, sindicatos, etc.
A questão da exploração sexual de crianças e adolescentes não é nova na Região Sul da Bahia e se amplia nos períodos em que o fluxo de visitantes aumenta, numa relação de causa e efeito.
Não são apenas as cidade turísticas que sofrem com a prostituição infanto-juvenil. Localizada às margens da rodovia BR 101, principal via de ligação entre o Sul/Sudeste e o Norte/Nordeste, Itabuna tem um grande fluxo de caminhoneiros, que se constituem no público potencial desse tipo de atividade.
Nos postos de gasolina, é comum ver crianças se prostituindo por qualquer quantia que lhes permita matar a fome. O mesmo problema ocorre, ainda que de forma mais discreta, nas barracas de praia na faixa litorânea.
São centenas de crianças e adolescentes que desde cedo convivem com o lado perverso e sombrio da vida e que além da exploração sexual não raro sofrem com a violência física e moral.
A campanha deve se concentrar em dois focos: a conscientização e a punição.
É importante conscientizar as pessoas para o crime que é explorar sexualmente crianças e adolescentes.
Mas é importante também punir com rigor os aliciadores e as pessoas que abusam sexualmente desses meninos e meninas.
Com imensas belezas naturais, um belo patrimônio arquitetônico e uma história fascinante, tudo o que o Sul da Bahia não precisa é ver prosperar o turismo sexual, que afasta os turistas que buscam lazer e entretenimento nas cidades litorâneas.
Dizer não e combater a exploração sexual de crianças e adolescentes é um dever de toda a sociedade organizada.
Os meninos e meninas que correm risco de serem vítimas dessa monstruosidade agradecem.
PLANETA FOME
Nunca é demais lembrar que a esmagadora maioria das crianças e adolescentes submetidos à exploração sexual habita o Planeta Fome.
E que a solução do problema passa necessariamente pela inclusão social.
2 comentários:
São planetas do mesmo sistema, Nós habita o Planeta Hipocrisia!! É assim mesmo!! Ladeira abaixo!! Ou levantamos a cabeça e enfrentamos todos juntos ou as chuvas de pedras vão acabar nos massacrando e a nossas crianças!!
Abçs!!
Realmente, é de dar nojo quando pensamos na possibilidade de certas coisas
Grande abraço
kellen
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