terça-feira, 3 de março de 2009

Venda de carros em fevereiro supera 2008

Com redução de IPI e melhora no crédito, mercado comercializa mais unidades do que no mesmo mês do ano passadoAssociação de distribuidores diz que queda no setor foi "apenas estancada'; no caso de caminhões, retração se acentuou, com recuo de 21%

Na esteira do IPI reduzido e da melhora nas condições de crédito, o mercado de carros bateu em fevereiro o nível do ano passado. No último mês, foram vendidos 191.343 automóveis e comerciais leves, volume 0,15% superior ao de fevereiro de 2008. Na comparação com os meses do ano anterior, essa é a primeira alta desde setembro passado, após o agravamento da crise global.Já em relação a janeiro, houve acréscimo de 0,85%, de acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Como fevereiro teve 19 dias úteis, contra 21 em janeiro, a diferença passa a 11%, quando se comparam as médias diárias de vendas nos dois meses.O resultado, porém, não é motivo de comemoração, segundo o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze."O que vimos é que as ações do governo, como a redução do IPI e a injeção de liquidez no mercado, aliadas aos descontos oferecidos pelas montadoras e concessionárias, estancaram a queda do mercado. Mas não é o caso de abrir champanhe", diz.A preocupação maior é com o comportamento das vendas após o fim do prazo de vigência do IPI reduzido, no dia 31 de março. Na avaliação de Reze, o reaquecimento no setor agora ocorreu porque os consumidores anteciparam a compra, contando que depois do fim do benefício haverá um encarecimento dos carros. "Sem a isenção do IPI, os preços vão aumentar 7%. Então, apesar da alta, estamos com a pulga atrás da orelha", afirma.De acordo com ele, as concessionárias não têm condições de trabalhar com margens mais apertadas para segurar o repasse ao consumidor final.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0303200927.htm

Setor automotivo garante melhora da confiança industrial
DA FOLHA ONLINE
O setor automotivo foi o principal responsável pela melhora do desempenho do ICI (Índice de Confiança da Indústria), que cresceu 1,3% em fevereiro, ao passar de 75,3 pontos, em janeiro, para 76,3 pontos.Segundo o coordenador do Núcleo de Pesquisas e Análises Econômicas da FGV (Fundação Getulio Vargas), Aloisio Campelo Junior, o setor de materiais de transporte -que inclui montadoras e autopeças- contribuiu para aumentar o índice em 142,4%.Um dos subíndices que compõem o ICI, o nível de estoques revela a mudança de rumo do setor automotivo. Pela primeira vez desde julho de 2008, a quantidade de empresas de material de transporte que disseram ter estoques insuficientes para a demanda saiu do zero -3,9% informaram estar nessa situação em fevereiro. Já os que apontam estoques excessivos despencou de 32,5% em janeiro para 8% no mês passado."Esses números mostram que a mudança no IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] deu certo", disse Campelo, referindo-se à redução temporária das alíquotas do imposto para veículos, chegando a zerar a taxa para carros populares, que durará até o fim deste mês.Consumo de energiaA redução do IPI, e a consequente recomposição de estoques, também incidiu sobre o consumo de energia, que em fevereiro cresceu 4,9% em relação a janeiro e apresentou alta de 0,7% ante fevereiro de 2008, de acordo com dados preliminares do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

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