Última a falar durante o encontro, Dilma afirmou que é muito simbólico o fato de o PT e os partidos aliados dizerem que “chegou a hora de uma mulher comandar o país”.
Ouça a reportagem de rádio sobre a Convenção do PT.
“Minha emoção é muito grande. Minha alegria também. Por esta festa tão cheia de energia, de confiança e esperança. Sei que esta festa não é para homenagear uma candidata. Aqui se celebra, em primeiro lugar, a mulher brasileira!", disse no discurso. "É em nome de todas as mulheres do Brasil - em especial de minha mãe e de minha filha - que recebo esta homenagem para ser a primeira mulher presidente da República.”
Ela lembrou que os governantes do passado davam atenção somente para um terço da população e os demais brasileiros eram um "estorvo" para eles. “Para muitos deles, o resto era peso, estorvo e carga”, disse.
“Falavam que tinham que arrumar a casa primeiro [antes de distribuir renda aos mais pobres]. Falavam e nunca arrumavam. Porque é impossível arrumar uma casa deixando dois terços dos filhos ao relento, à margem do progresso e da civilização. Resultado: o Brasil era uma casa dividida, marcada pela injustiça e pelo ressentimento, que desperdiçava suas melhores energias, que é a energia do seu povo”, completou.
'Nós, mulheres, nascemos com o sentimento de cuidar, amparar e proteger. Somos imbatíveis na defesa dos nossos filhos e da nossa família'.
Durante o discurso, ela sentiu a força da militância petista pelos cantos de olê, olê, olá, Dilma, Dilma, pelas bandeiras tremulando no auditório e pela vibração das pessoas. Em vários momentos, chegou a interromper a fala até que terminassem as palmas e os gritos de apoio.
Ao lado dos aliados, Dilma listou os avanços que pretende fazer no país em muitas áreas: saúde, educação, infraestrutura, democracia, planejamento urbano, segurança pública, inovação tecnológica. Ela ressaltou também a necessidade das reformas Política e Tributária.
“Lula mudou o Brasil, e o Brasil quer seguir mudando. A continuidade que o Brasil deseja é a continuidade da mudança. É seguir mudando, para melhor, o emprego, a saúde, a segurança, a educação", discursou. "É seguir mudando com mais crescimento e inclusão social para que outros milhões de brasileiros saiam da pobreza e entrem na classe média. É seguir mudando para diminuir ainda mais a desigualdade entre pessoas, regiões, gêneros e etnias.”
Ao final, Dilma contou a história de uma mãe que pediu a ela num aeroporto para contar à filha, chamada Vitória, que as mulheres também podem ser presidentes da República.
“É mais que simbólico que, nesse momento, o PT e os partidos aliados estejam dizendo: chegou a hora de uma mulher comandar o país. Estejam dizendo: para ampliar e aprofundar o olhar de Lula, ninguém melhor que uma mulher na presidência da República. Creio que eles têm toda razão. Nós, mulheres, nascemos com o sentimento de cuidar, amparar e proteger. Somos imbatíveis na defesa dos nossos filhos e da nossa família”, disse.
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