Morro de encabulado quando ouço de pais falando da superioridade dos filhos. Todos eles conquistaram o primeiro lugar da classe. São alunos exemplares, gênios da raça. Os meus, não. São apenas normais e se beneficiaram do estudo em bons colégios, aqui na França e nos Estados Unidos. Nunca tiraram o primeiro lugar. Iguais ao pai. O mesmo ocorre quando se fala em concurso público, febre que domina a juventude deste País, doida para ocupar trabalho estável. São milhões geralmente qualificados que concorrem a uma vaga de trabalhador no aparelho estatal. A disputa é seriíssima. Há alguns que são aprovados, sem suar a camisa.
Nada estudaram - Surpreendo-me quando ouço de pais cujos filhos se inscreveram para concurso, à última hora, não estudaram, não abriram, sequer, um livro e passaram. Só se receberam a prova antecipadamente estes gênios. Ou então foram beneficiários de milagre. Carlos Eduardo, que toma posse, hoje, segunda, no Tribunal de Contas da União, passou também, este ano, em concurso para o Tribunal de Justiça do DF e para a Controladoria Geral da União. mas ralando. Estudando, deixando de se divertir para se debruçar sobre livros, porque tem projeto de vida. Seu êxito foi fruto do trabalho e do esforço, não do milagre. Sabia o que queria e foi atrás. Conquistou. Não recebeu na bandeja.
Lustosa da Costa é jornalista do Diário do Nordeste e Reside em Brasilia
Fonte: Desabafo Brasil
Um comentário:
Eu acho que para passar em concurso é preciso muita preparação, eu passei em 2003 e estudei muito, fiz cursinho durante 45 dias, todos os dias da semana inclusive feriados.
Passar sem estudar é estranho.
Postar um comentário